A relação entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e o presidente da república, Jair Bolsonaro (PSL), se mostra informal e até mesmo “desigual” além das fronteiras de trabalho. Em entrevista à GloboNews, o parlamentar afirmou que já troca mensagens eventualmente por meio de aplicativo e, ao vivo, recebeu até mesmo um “te amo” em tom de brincadeira.
“Ele mandou até mensagem que está assistindo o programa. Falou assim: te amo, ha ha ha, estou assistindo ao seu programa. Aí eu respondi 'kkk' e mandei um coraçãozinho”, brincou. Maia reconheceu que o parlamento não foi respeitado nos primeiros meses do governo atual, mas em uma conversa ponderada e repleta de brincadeiras, garantiu que não há interesse em ficar contra o governo. “A gente precisa superar os problemas que nós tivemos, e tivemos nos primeiros meses, para que as próximas votações do segundo turno da previdência e das outras matérias a gente possa construir um ambiente melhor”, afirmou.
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O clima de paz que paira entre os dois em torno da aprovação da reforma da previdência também foi estendido para um dos assuntos mais polêmicos do governo: a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. “Se ele entender que o filho tem as condições e cumpre a legislação brasileira, é um direito dele indicar”, contou. Apesar disso, Maia garantiu que não faria o mesmo com o próprio filho.
Relação complicada
No começo do governo de Jair Bolsonaro, a relação do presidente com Rodrigo Maia foi composta por ruídos e polêmicas declarações. Em uma das mais marcantes, o membro do PSL fez discurso falando que com caneta, teria muito mais poder do que Maia.