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Jair Bolsonaro quer indicar ministro "terrivelmente evangélico" para o STF

Em discurso na Câmara dos Deputados, o presidente da República, Jair Bolsonaro, chamou nesta segunda-feira (15) o chefe da Advocacia Geral da União, André Luiz Mendonça, de "ministro terrivelmente evangélico". Na semana passada, Bolsonaro disse que indicaria um ministro com esta característica para o Supremo Tribunal Federal (STF).

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 Ao agradecer a presença de ministros na sessão de homenagem ao Comando de Operações Especiais do Exército (Copesp), o presidente repetiu a expressão. "Prezado André Mendonça, ministro-chefe da Advocacia Geral da União, um ministro terrivelmente evangélico. Assim como nós somos terrivelmente patriotas, muito obrigado por ter aceito essa missão", disse Bolsonaro .

Participaram da solenidade, além de Mendonça, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Tereza Cristina (Agricultura).

A promessa foi feita na última quarta-feira à Frente Parlamentar Evangélica em um culto na Câmara de Deputados, antes da retomada dos debates que culminaram na aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência. A primeira vaga será aberta em 1º de novembro de 2020, quando o decano Celso de Mello completará 75 anos de idade. A outra só ficará disponível em julho de 2021, quando será a vez de Marco Aurélio de Mello deixar o cargo. A fala de Bolsonaro abriu uma corrida com especulações entre os que preenchem o principal pré-requisito para a cadeira de ministro do Supremo.

Na quinta-feira da semana passada , ao ser perguntado se o chefe da AGU seria um bom nome ao Supremo, Bolsonaro não quis adiantar a escolha. "Olha, primeiro, da minha boca não saiu isso. Eu sei que ele é terrivelmente evangélico, isso eu posso garantir para você. Tem muitos bons nomes para o STF, (...) Supremo Tribunal, têm muitos bons nomes para lá. E o André Luiz é um nome que, com toda certeza, está entre uma lista aí, com muito apoio por parte do presidente", disse.

No Planalto, atualmente, a torcida é para que André Luiz Mendonça fique com o posto. Pastor da Igreja Presbiteriana, em Brasília, o ministro tem 46 anos (a idade mínima é de 35) e tem sido elogiado por sua atuação considerada técnica. Outra vantagem, segundo um aliado do presidente, é que Mendonça, apesar de evangélico, não tem a “bênção” de um líder religioso específico. Deste modo, criaria menos resistência na Corte.  

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