Em mais um aceno à bancada evangélica, o presidente Jair Bolsonaro não descartou o nome do ministro André Luiz Mendonça, da Advogacia-Geral da União (AGU) para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) que será aberta em novembro de 2020.
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Questionado na noite desta quarta-feira se o nome de Mendonça era um dos que poderiam entrar na lista do presidente, Bolsonaro admitiu que ele "é um bom nome" entre outros cotados para a função.
"Primeiro, da minha boca não saiu isso. Eu sei que ele é terrivelmente evangélico e posso garantir a vocês. Tem muitos bons nomes pra lá e André Luiz é um bom nome e com toda certeza e está em uma lista aí", disse.
Em uma forte aproximação com os evangélicos, Bolsonaro, segundo a coluna Lauro Jardim, do Globo, passou a falar abertamente da intenção de ter um evangélico como vice em 2022.
'Terrivelmente evangélico'
Na quarta-feira Bolsonaro se comproteu a entregar uma das duas vagas que poderá indicar para o STF a um ministro “terrivelmente evangélico” . Nesta quinta-feira, ele voltou ao assunto e disse que o futuro ministro também deverá ter conhecimento técnico.
"Este terrivelmente evangélico será um profundo conhecedor das leis", afirmou o presidente . A fala de Bolsonaro já abriu uma corrida com especulações entre os que preenchem o principal pré-requisito para o posto .
A primeira vaga será aberta em 1º de novembro de 2020, quando o decano Celso de Mello completará 75 anos de idade. A outra só ficará disponível em julho de 2021, quando será a vez de Marco Aurélio de Mello deixar o cargo.
Além de Mendonça, outros dois nomes surgem como alternativas para o cargo. Um deles é o juiz federal Marcelo Bretas , da Operação Lava Jato no Rio, e frequentador da Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul. Ele é próximo ao governador do Rio, Wilson Witzel, e do filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
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Bretas fez questão de prestigiar Bolsonaro em sua posse. Ele tem se movimentado com declarações em defesas de pauta do governo e de Bolsonaro e costuma fazer citações religiosas nas redes sociais.
O outro cotado é o juiz federal William Douglas , escritor de livros cristãos, coach motivacional e pregador em diversas denominações evangélicas.