Mesmo citando a possibilidade de expulsão, Carlos Siqueira (PSB) defendeu que o melhor julgamento
Humberto Pradera/Divulgação/PSB
Mesmo citando a possibilidade de expulsão, Carlos Siqueira (PSB) defendeu que o melhor julgamento "vem dos eleitores"

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse ao  Globo nesta quinta-feira (11) que os 11 deputados da legenda que votaram a favor da reforma da Previdência enfrentarão um processo no conselho de ética da sigla. A referência para o caso é a circunstância em que 13 deputados foram expulsos após votarem a favor da reforma trabalhista, durante o governo Michel Temer (MDB).

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"Já há várias representações [contra os deputados] e eu mandei unificá-las. Amanhã eu já despacho para a comissão de ética e ela já vai se reunir na segunda-feira [15] para apreciar e instaurar o processo", disse Siqueira. "A penalidade quem estabelece é a comissão de ética. A referência que nós temos é o que aconteceu no final da legislatura passada, quando 13 deputados votaram a favor da reforma trabalhista . Todos foram expulsos".

Mesmo citando a possibilidade de expulsão, Siqueira defendeu que o melhor julgamento "vem dos eleitores". Ele lembra que, dos 13 que votaram a favor da reforma trabalhista, só dois se reelegeram. Além disso, o presidente do partido estuda uma forma de pedir o ressarcimento do dinheiro usado por parlamentares da legenda para fazer a campanha de 2018

"Uma boa parte desses parlamentares foram eleitos com financiamento do próprio partido. Nenhum [deles] teve votos suficientes para se eleger, foram eleitos com as sobras daqueles que não foram. Com o financiamento público, e eles foram eleitos financiados pelo partido, nós estamos estudando a possibilidade de pedir a restituição do dinheiro que foi gasto com a eleição deles", explicou.

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Questionado se a postura dos dissidentes pode mudar a correlação de forças na oposição, Carlos Siqueira negou. "A correlação de forças não mudará em função da posição de 10, 20 ou 30 parlamentares. A correlação de forças se dará em função da conjuntura política e de uma nova eleição. E também da correlação de forças na sociedade. Isso que pode mudar", acrescentou.

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