Em comemoração à independência dos EUA, Bolsonaro se compara a Trump

Presidente diz que americano sofreu, nas eleições dos EUA, "o que ele sofreu no Brasil"; para Bolsonaro, Venezuela será tema de visita de Trump
Foto: Carolina Antunes/PR
Bolsonaro vai a coquetel de recepção para celebrar o 243º Aniversário da Independência dos Estados Unidos

O presidente Jair Bolsonaro quer que Donald Trump, presidente dos EUA, venha à América do Sul para uma reunião de governos de centro e centro-direita. Bolsonaro compareceu a uma cerimônia na embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, alusiva aos 243 anos da independência daquele país e afirmou que a ideia é reunir países governados por presidentes de centro ou centro-direita e discutir sobre a situação venezuelana. Bolsonaro e Trump tiveram uma conversa reservada na reunião do G-20, no Japão, na semana passada.

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"Talvez ele compareça à América do Sul, onde reuniremos presidentes de países que abandonaram a esquerda e foram para o centro ou centro-direita, porque nós temos um problema aqui ao norte do Brasil, que não é apenas nosso, é de todos aqueles que amam a liberdade e não queremos que outros países enveredem nessa direção", disse Bolsonaro .

No discurso, Bolsonaro repetiu que pretende deixar o viés ideológico de lado, mas disse desejar se aproximar de países com ideologias semelhantes. "Nosso governo veio para deixar de lado o viés ideológico, veio para se aproximar de vários países outros com ideologia semelhante na busca de dias melhores para todos nós", afirmou.

Bolsonaro lembrou que se encontrou duas vezes com Trump nos seis meses de mandato e comparou a sua experiência no período pré-eleitoral com a experiência do presidente americano nas primárias.

"O que ele sofreu lá eu sofri aqui no período pré-eleitoral. E a população entendeu, contrariando especialistas e pesquisas, fazendo exatamente o contrário, aquilo que os seus corações determinaram e agradeço a Deus pela minha vida, peço força para continuar buscando dias melhores", disse.

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Bolsonaro subiu ao palco do evento ao som da música "Born in the U.S.A" – que em português significa nascido nos Estados Unidos da América –, fazendo sinal de armas com as mãos, acompanhado da primeira-dama, Michelle.

Antes de seu discurso, a organização da festa exibiu um vídeo feito sob encomenda para agradar o primeiro presidente brasileiro a participar de uma festa de 4 de julho na embaixada americana.

A produção trouxe cenas de mandatários do Brasil ao lado de estadunidenses, iniciando por Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Figueiredo e pulando sete presidentes para mostrar Bolsonaro com Donald Trump .

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Além de Bolsonaro , estavam presentes no evento a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno e o presidente do STF, Dias Toffoli.

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