A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (3) um convite para que o jornalista Glenn Greenwald, editor e cofundador do site The Intercept Brasil , para falar sobre a publicação de mensagens do ministro da Justiça, Sergio Moro , e de procuradores, entre eles Deltan Dallagnol , coordenadora da força-tarefa da Operação Lava Jato. A votação foi simbólica. Uma data para o depoimento ainda vai ser agendada.
Glenn Greenwald foi ouvido, na semana passada, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, também sobre as mensagens . Lá, ele criticou o suposto conluio entre Moro e Dallagnol e afirmou que, se isso tivesse ocorrido nos Estados Unidos, Moro teria sido afastado da magistratura.
O requerimento foi de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que alegou que o comparecimento de Glenn é "fundamental para o esclarecimento de um assunto que vem trazendo enorme repercussão para o país".
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Para Randolfe, as mensagens publicadas pelo The Intercept Brasil trazem "enorme preocupação no que diz respeito a uma possível condução e interferência pessoal de juizes e procuradores, que vão na contramão do princípio da imparcialidade".
Principal envolvido nas mensagens divulgadas pelo site de Glenn Greenwald , Moro também já foi ouvido no Senado, há duas semanas, e na Câmara, nesta terça-feira (2). Dallagnol recebeu convites das duas Casas, mas ainda não marcou nenhum depoimento.