Celular do pastor estava na casa de Flordelis após o crime, diz irmã da vítima Por iG Último Segundo - com informações da Agência O Globo | 02/07/2019 06:18:23 - Atualizada às 02/07/2019 06:23:23 Home iG › Último Segundo › Política Em depoimento à polícia, irmã de Anderson do Carmo diz ter visto aparelho na casa da parlamentar após o assassinato; celular segue desaparecido Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia Segundo irmã da vítima, celular desaparecido estava na casa da deputada após o crime A irmã do pastor Anderson do Carmo de Souza, assassinado na madrugada do último dia 16, revelou à Polícia Civil que viu o celular do irmão na casa onde ele morava com a esposa, a pastora Flordelis dos Santos de Souza, logo após o crime. Leia também: "Não acredito em mais nada", afirma Flordelis sobre inocência dos filhos Michele do Carmo de Souza prestou depoimento na última quarta-feira (26), na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, durante cerca de quatro horas. O telefone celular de Anderson ainda não foi localizado pela polícia. Nos próximos dias, a pedido do Ministério Público estadual do Rio, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se parte da investigação que tenha relação com Flordelis , que é deputada federal, permanece com a Polícia Civil do Rio. Michele esteve no imóvel em Pendotiba, Niterói, logo após ter sido informada do crime . A polícia já sabe que o telefone da vítima foi usado horas após o assassinato do pastor . Uma pessoa que se identificou como filho de Anderson enviou mensagens em grupos do WhatsApp de Anderson confirmando a sua morte. A DH investiga a informação de que uma das netas de Flordelis esteve na Praia de Piratininga, também em Niterói, dois dias após o crime, e arremessou um telefone no mar. A suspeita dos investigadores é de que o aparelho seja de Anderson ou de Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis que está preso por suspeita de ter cometido o crime . O celular de Flávio também não foi localizado pela polícia. Em entrevista concedida aos jornalistas na última semana, na Delegacia de Homicídios , o advogado contratado pela irmã do pastor afirmou que vinha causando estranheza a falta de colaboração de Flordelis e dos filhos para elucidar o crime. "Não há uma participação efetiva deles para o esclarecimento sobre o que aconteceu. Há pontos que precisam se explicados, como o sumiço do celular do Anderson. Há informações de que o aparelho teria sido entregue a Flordelis e depois repassado para alguém", disse o advogado. O Ministério Público estadual do Rio requisitou, na última semana, o desmembramento do inquérito da morte de Anderson em relação a partes da investigação que têm relação com Flordelis. O pedido foi aceito pela 3ª Vara Criminal de Niterói. Na última sexta-feira, o MP encaminhou ao STF cópia das partes do inquérito que tenham conexão com a deputada, solicitando que o tribunal defina de quem é a competência para a investigação. No ano passado, o STF decidiu que deputados federais e senadores só possuem foro por prerrogativa de função em crimes cometidos no exercídio do cargo e em razão das funções a ele relacionadas. Na última semana, o ministro Celso de Mello, do STF, sem citar nomes, fez referências à investigação da morte de Anderson. Ele afirmou que a Polícia Civil de “determinado estado” informou estar investigando “determinado membro do Congresso Nacional”. "Ora, ainda que aquele delito de homicídio nada tenha a ver com o desempenho da função parlamentar, a mim me parece que aí sim está sendo usurpada a competência penal originária do Supremo Tribunal Federal, pois cabe ao Supremo Tribunal Federal, que em regra é o juiz natural dos congressistas, nos ilícitos penais, dizer se afinal há ou não há conexão daquele delito com a função congressual. E, em não havendo, é claro, determinar-se-á o deslocamento, a declinação da competência para o juízo de primeiro grau", disse Celso. Leia também: Após acusar filho, Flordelis se defende: "Resumo publicado pela Veja não é fiel" Após a manifestação de Celso de Mello, o MP estadual do Rio decdiu encaminhar cópia do inquérito ao STF. O tribunal deve decidir nos próximos dias sobre o pedido. Nessa quarta-feira (3), a defesa de Flávio, filho de Flordelis , recorreu ao STF para ter acesso ao inquérito sobre a morte do pastor. Os advogados alegam que não conseguem ter acesso à investigação na DH de Niterói e São Gonçalo. O processo tem como relator o ministro Roberto Barroso. Além de Flávio, Lucar Cézar dos Santos, filho adotivo da deputada e do pastor, também está preso por suspeita de participar do crime. Link deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2019-07-02/celular-estava-na-casa-de-flordelis-apos-o-crime-diz-irma-de-pastor-assassinado.html