O presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais na noite deste domingo (30) para dar os "parabéns" aos manifestantes de várias partes do Brasil que  participaram dos protetos em apoio, principalmente, à Operação Lava Jato e ao ministro da Justiça, Sérgio Moro. Para Bolsonaro, os atos foram uma "mensagem para todas as autoridades".

Manifestantes ocupam duas faixas na Avenida Paulista, em São Paulo
Kevin David/Agência O Globo
Manifestantes ocupam duas faixas na Avenida Paulista, em São Paulo

Bolsonaro  publicou em seus perfis que a mensagem das ruas para as autoridades é a seguinte: "Não parem o Brasil, combatam a corrupção, apoiem quem foi legitimamente eleito em 2018". O presidente completou ainda que o povo é seu patrão: "Respeito todas as instituições, mas acima delas está o povo, meu patrão, a quem devo lealdade".

Até as 19h, protestos a favor da Lava Jato e de Moro foram registrados em pelo menos 80 cidades em 26 estados e no Distrito Federal. Mensagens com críticas aos ministros do STF e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também foram vistos nos atos.

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Mais cedo, Bolsonaro já tinha cumprimentado seus apoiadores no Twitter pelas manifestações. "Aos que foram às ruas hoje manifestar seus anseios, parabéns mais uma vez pela civilidade. A população brasileira mostrou novamente que tem legitimidade, consciência e responsabilidade para estar incluída cada vez mais nas decisões políticas do nosso Brasil."

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De manhã, ao chegar no Palácio da Alvorada após viagem ao Japão, onde participou do G20, Bolsonaro disse que estava acompanhando as manifestações e que era um direito do povo. "Estou aguardando. Já tive informações. Aqui em Brasília estou mais ligado. É um direito do povo se manifestar."

Os atos deste domingo ocorrem na véspera da audiência de Moro na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, onde o ministro, mais uma vez, vai falar sobre as supostas mensagens trocadas com integrantes da força-tarefa da Lava Jato que teriam sido vazadas e publicadas pelo site The Intercept Brasil. No Senado, o ministro não confirmou a autenticidade das conversas e falou até em deixar o governo Bolsonaro.

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