Pelo menos 15 movimentos marcam presença no ato na Avenida Paulista
Uma confusão entre integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) com representantes do grupo Direita SP marcou o início do ato em defesa da Lava-Jato e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na Avenida Paulista, em São Paulo. A briga começou quando integrantes do Direita SP se aproximaram do palanque do MBL e começaram a xingar os representantes do movimento, usando amplificadores de voz.
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O deputado estadual Arthur do Val (DEM), conhecido por seu canal ‘Mamãe Falei’ no Youtube, desceu do palanque e foi em direção aos representantes do Direita SP, iniciando um tumulto. A Polícia Militar teve que intervir e separar os grupos. No palanque, líderes do MBL pediam para que a briga se encerrasse e que a direita se unisse "em prol de um Brasil maior". Com a intervenção policial, os militantes do Direita SP deixaram o local.
"Os caras vieram até aqui para xingar o MBL, mas já acabou, assunto encerrado", minimizou o deputado depois da confusão.
Dezenas de manifestantes pediam para tirar fotos com o deputado. Um deles pediu a ele para "desmascarar o Glenn", numa referência ao fundador do site The Intercept Brasil , Glenn Greenwald. O veículo está publicando reportagens sobre mensagens privadas de procuradores da Lava-Jato e o ex-juiz Sergio Moro .
Pelo menos 15 movimentos marcam presença no ato, que desde 14 horas ocupa diversos quarteirões na Paulista. As principais pautas da manifestação são o apoio ao presidente Jair Bolsonaro, à reforma da Previdência, à Operação Lava Jato e ao pacote anticrime apresentado por Moro. Há também menções ao decreto de armas, reeditado recentemente pelo governo.
Principais indutores dos protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, os movimentos Vem pra Rua, MBL e Nas Ruas estão à frente da organização, ao lado de grupos de menor capilaridade como Despertar Patriótico, Avança Brasil, Quero me Defender, Brasil Conservador e Guerreiras do Sudeste.
O hino do Brasil é a trilha sonora preferida nos caminhões de som espalhados pela avenida. Placas próximas ao carro de som do MBL faziam menção a "uma lei para proibir o comunismo no Brasil". Ao lado do caminhão de som do Nas Ruas, um enorme boneco inflável do ex-juiz Sergio Moro traz um adendo: uma placa com a mensagem: "mexeu com Moro, mexeu com o povo brasileiro".
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De acordo com o G1
, na manhã deste domingo foram registrados atos em pelo menos 11 cidades do interior de São Paulo.