O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Tarcísio Vieira de Carvalho Neto autorizou a abertura de inquérito eleitoral para investigar repasses de caixa dois da Odebrecht ao ex-governador da Bahia e hoje senador Jaques Wagner (PT) entre os anos de 2006 e 2014. A investigação terá como base a delação premiada dos executivos da empreiteira baiana na Lava-Jato.
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A decisão do ministro do TSE anulou o entendimento adotado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), que havia arquivado o caso contra Wagner sem permitir a abertura da investigação. O Ministério Público Eleitoral recorreu da decisão e reverteu o entendimento no TSE. Agora, o inquérito será remetido a um juiz eleitoral de primeira instância da Bahia, que ficará responsável pela investigação.
Para o ministro do TSE, não cabia ao TRE-BA determinar o arquivamento do inquérito porque, com o novo entendimento sobre foro privilegiado, o caso de Jaques Wagner compete apenas à primeira instância da Justiça Eleitoral.
Em sua delação premiada, o executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho afirmou ter repassado R$ 25 milhões a Jaques Wagner, via doações oficiais e caixa dois, em 2006, 2010 e 2014. Também relatou ter dado um relógio de US$ 20 mil ao petista.
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Procurada, a assessoria de Jaques Wagner ainda não comentou o assunto.