Cid Gomes propôs a criação de uma CPI para apurar o suposto hackeamento do celular de Moro
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Cid Gomes propôs a criação de uma CPI para apurar o suposto hackeamento do celular de Moro

Durante a  sabatina do ex-juiz federal Sergio Moro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que acontece nesta quarta-feira (19), o senador Cid Gomes (PDT) afirmou que o atual ministro da Justiça e da Segurança Pública personalizou a Operação Lava Jato. Segundo ele, "isso prova uma postura de sensacionalismo" de Moro quanto aos processos.

"Dou um doce a quem disser o nome do atual juiz de Curitiba. Ninguém sabe o nome do juiz", afirmou Cid Gomes . "Isso é mais que prova que a postura ao longo do seu posicionamento lá era de sensacionalismo, de querer aparecer, se colocar como salvador da Pátria", continuou.

Ainda durante a sabatina, o irmão do ex-candidato à Presidência Ciro Gomes afirmou que não defenderia um fim na Lava Jato, pois "não relativiza a corrupção", mas ponderou que o "mau maior da corrupção é o descrédito nas instituições e na política".

A partir disso, o senador também propôs a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito ( CPI ) para apurar o suposto hackeamento do celular de Moro. Afinal, segundo o parlamentar, a comissão seria fundamental para aperfeiçoar leis de segurança cibernética e para entender se, de fato, houve ou não um conluio entro o ministro e os procuradores da Lava Jato.

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"Proponho a instauração de uma CPI que, de forma isenta e imparcial, se disponha e faça um aprofundamento nas duas grandes questões que são objeto dessa celeuma que já se apelidou de Vaza Jato ", afirmou o senador.

"Uma CPI para averiguar e propor medidas para dar mais segurança ao sigilo das nossas comunicações e investigar de forma isenta quem foi responsável por este caso e ao mesmo tempo investigue se houve conluio entre o Judiciário e o MP, que certamente comprometeria qualquer processo", disse Cid Gomes.

Na primeira parte da sabatina que já dura mais de 6 horas, Moro reiterou que não pode garantir a autenticidade dos diálogos divulgados pelo site The Intercept Brasil  na última semana.

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O ministro reafirmou ainda que considera comum a relação entre magistrados e as partes de um processo (ao ser questionado sobre a ação em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT) e classificou como criminosos os hackers que atacaram o celular dele e de outras autoridades.

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