A troca de mensagens entre o então juiz Sergio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol gerou debate sobre a relação entre juízes e as partes de processos.
Leia também: Moro e procurador da Lava Jato têm mensagens vazadas
Afinal, se na Lava Jato de Curitiba o juiz manteve proximidade com o Ministério Público, no Supremo Tribunal Federal (STF) esta comunicação é tratada com cautela.
Um exemplo neste trato com cautela foi dado pelo primeiro relator da Lava Jato no tribunal. O ministro Teori Zavascki, morto em 2017, não falava com advogados ou procuradores fora do tribunal.
Leia também: Jean Wyllys questiona ida de ministro Sergio Moro a programa do Ratinho
Segundo pessoas próximas, ele não adiantava suas decisões para o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Além disso, o sucessor de Zavascki na Lava Jato , ministro Edson Fachin , tem o mesmo comportamento. Ele não recebe ninguém sem um assessor presente.
Leia também: Grupo de advogados pede prisão preventiva do Moro, Dallagnol e outros três
Joaquim Barbosa, aposentado em 2014, foi um dos ministros mais rígidos do STF neste sentido. Só recebia um advogado em audiência se o da outra parte também estivesse.