Ministro Gilmar Mendes durante sessão extraordinária do Supremo Tribunal Federal (STF)
Rosinei Coutinho/SCO/STF - 13.6.18
Ministro Gilmar Mendes durante sessão extraordinária do Supremo Tribunal Federal (STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou indireta ao ex-juiz Sergio Moro, na esteira da troca de mensagens entre o atual ministro da Justiça e o procurador Deltan Dallagnol, cujo teor foi revelado no último fim de semana em reportagens publicadas pelo site The Intercept .

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Durante sessão de julgamentos da Segunda Turma da Corte nesta terça-feira (11), Gilmar Mendes afirmou que "juiz não pode ser chefe de força-tarefa" – sem citar nomes ou fazer referência direta às mensagens trocadas entre Moro e Dallagnol.

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Nas conversas que vieram a público no último domingo (9), Sergio Moro repreende a força-tarefa da Lava Jato por o que ele considerou ser "muito tempo" sem operações, reclamou de recursos apresentados pelo Ministério Público Federal (MPF) e chegou a indicar possíveis colaboradores para as investigações.

As declarações de Gilmar se deram durante seu voto contra o recebimento de denúncia contra integrantes do chamado 'quadrilhão do PP' (que acabou aceita) . O ministro avaliou que a acusação pelo crime de organização criminosa contra os parlamentares da cúpula do PP se baseou em fatos já arquivados em outros processos.

Por esse motivo, Gilmar Mendes afirmou que os elementos na denúncia não poderiam ser acolhidos pela Segunda Turma do STF , “pelo menos enquanto se tratar de Corte de Justiça”.

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“A não ser que haja tribunais destinados a condenar nesse modelo de colaboração que se está a desenvolver, em que juiz chefia procurador. Não é o caso desta Corte, não é o caso deste colegiado. Juiz não pode ser chefe de força-tarefa”, acrescentou Gilmar Mendes em seguida.

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