Após "Vaza Jato", Maia diz que vai blindar Câmara de qualquer crise
Em publicação no Twitter, o deputado garantiu que o foco da Casa está na aprovação das reformas e de todos os projetos "essenciais" para o Brasil
Por iG Último Segundo | – com informações da Agência O Globo |
Após uma reportagem do jornal The Intercept Brasil revelar trocas de mensagens entre o procurador Deltan Dellagnol e o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, o deputado Rodrigo Maia (DEM) garantiu que vai "blindar a Câmara de qualquer crise". No Twitter, o presidente da Casa disse estar focado na aprovação das reformas e de todos os projetos essenciais para o Brasil.
Leia também: Imprensa internacional repercute conversas entre Moro e Dallagnol
Vamos blindar a Câmara de qualquer crise. Nosso esforço e nosso foco está na aprovação das reformas e de todos os projetos que são essenciais para o Brasil. Nada é mais importante do que o resgate da confiança, com o equilíbrio das contas públicas e a geração de empregos no país.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) June 11, 2019
"Vamos blindar a Câmara de qualquer crise. Nosso esforço e nosso foco está na aprovação das reformas e de todos os projetos que são essenciais para o Brasil. Nada é mais importante do que o resgate da confiança, com o equilíbrio das contas públicas e a geração de empregos no País", escreveu Maia.
Na noita desta segunda (10) , o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia atribuído o vazamento das mensagens a um interesse de prejudicar a tramitação da reforma da Previdência. Ele também citou a gravação da conversa entre o ex-presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista como uma tentativa de barrar as mudanças no sistema de aposentadorias.
Você viu?
"Gravaram o presidente Michel Temer , não vai ter reforma da Previdência. Pronto, acabou. Vai ser rapidinho, nos próximos cinco, seis meses, está tudo engolido. Não foi por falta de tentativa, toda hora tem uma. Uma é o Michel Temer, outra é o filho do Bolsonaro, hoje é a do Moro", disse Guedes.
Vaza Jato
Publicada no último domingo (9), a reportagem do The Intercept Brasil trouxe à tona trocas de mensagens entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato, além de diálogos entre Deltan Dellagnol e Sergio Moro entre 2015 e 2018. Em nota divulgada após as reportagens, procuradores do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) disseram ter sido alvo de uma invasão hacker e que as conversas foram descontextualizadas.
Entre as principais conversas, estão as que dizem respeito à atuação do MPF-PF e de Moro, então juiz da primeira instância, quando ainda era o responsável por julgar os casos da operação referentes a desvios da Petrobras. Os processos incluem o caso do triplex de Guarujá (SP), tido como propina atribuída ao ex-presidente Lula (PT).
Segundo a publicação, as mensagens indicam que Moro teria atuado junto ao MPF, dando conselho aos procuradores, interferindo na ordem das operações da força-tarefa e até indicando fontes que pudessem incriminar os investigados. Pelo Twitter, o ministro rebateu as acusações alegando que "não tem nada ali [nas mensagens] apesar das matérias sensacionalistas".
Muito barulho por conta de publicação por site de supostas mensagens obtidas por meios criminosos de celulares de procuradores da Lava Jato. Leitura atenta revela que não tem nada ali apesar das matérias sensacionalistas. Abaixo nota. https://t.co/PevIk4BGX6
— Sergio Moro (@SF_Moro) June 10, 2019