O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro está "consternado" com as mortes de 55 presos em Manaus . Afirmou também que ele vem orientando o ministro da Justiça, Sergio Moro, a apoiar o estado do Amazonas a debelar o problema. Bolsonaro, conhecido pela retórica violenta contra presos e suspeitos de crimes, ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto.
“Obviamente, o presidente está consternado pelo processo escabroso que ocorreu naquele sistema penitenciário. E já vem orientando o ministro Moro no sentido de colocar toda a sua força como ministro da Justiça e Segurança Pública para apoiar aquele estado e debelar o mais pronto possível quaisquer atividades que venham a colocar contra a sociedade e em especial aqueles que se encontram presos naquele complexo penitenciário”, disse Rêgo Barros.
Segundo ele, não há indicativos de que a rebelião vá extrapolar os limites do sistema penitenciário de Manaus.
“Não existem indicações nesse sentido de que essa crise possa extrapolar o âmbito do complexo penitenciário. Naturalmente o Ministério da Justiça e Segurança Pública e os órgãos de inteligência, seja do GSI (Gabinete de Segurança de Inteligência), por meio da Abin (Associação Brasileira de Inteligência), sejam os órgãos de inteligência das forças de segurança locais estão a acompanhar e a definir procedimentos diante das análises que venham a chegar e que sejam, após essa análise, indicadores de novos posicionamentos”, disse o porta-voz.
Ele também confirmou que integrantes de organizações criminosas no Amazonas serão transferidos para presídios federais.
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“Além disso, a área de inteligência do Departamento Penitenciário Nacional ( Depen ), em conjunto com as forças locais, já começaram a identificar integrantes de organizações criminosas que serão transferidos para o sistema penitenciário federal. O sistema penitenciário é uma das áreas críticas da segurança pública no Brasil e que há muitos anos não vem tendo a quantidade de recursos adequados de investimentos”, disse Rêgo Barros.