Expressão usada pelos movimentos de direita para definir o que chamam de “configuração atual do marxismo”, o“globalismo” será tema de um seminário na Fundação Alexandre Gusmão (Funag), órgão vinculado ao Itamaraty cujo objetivo é promover debates sobre temas ligados às relações internacionais. O evento, marcado para o próximo 10 de junho, será aberto pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Além do chanceler, que em seu blog Metapolítica 17 definiu o globalismo como “a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural”, está confirmada a participação de outros expoentes da direita como Filipe Martins, assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República; Chris Buskirk, editor da revista “American Greatness”; e Alexandre Costa, autor dos livros “Introdução à Nova Ordem Mundial” e “O Brasil e a Nova Ordem Mundial”.
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“Entenda melhor o conceito e o fenômeno do globalismo, assim como suas implicações para as relações internacionais dos nossos dias", destacam os organizadores do seminário.
Em vídeo divulgado em 2016 na internet, Alexandre Costa, define a nova ordem mundial como um conjunto de fenômenos políticos, sociais e culturais que tende a transformar a civilização “com o objetivo de implantar um governo mundial, substituir os princípios e valores que regem a nossa sociedade por outros e que vão levar obrigatoriamente à perda de liberdades individuais, à concentração de poder, à repressão psicológica e física e à exclusão do debate intelectual”.
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Segundo Costa, há três forças políticas que correm no sentido de estabelecer um governo mundial. A primeira delas são movimentos comunistas internacionais, notadamente o “império russo-chinês“, que estaria mais presente na América Latina e, portanto, no Brasil. A segunda é o islamismo e a terceira, o globalismo internacional. Este último seria formado por banqueiros, pelas grandes corporações e organizações não-governamentais.