Na mesma coletiva de imprensa em que saiu em defesa do filho Flávio Bolsonaro nesta quinta-feira, em Dallas, no Texas, o presidente Jair Bolsonaro a atacou a imprensa e sugeriu que uma repórter deveria voltar "numa faculdade que preste" para fazer "um bom jornalismo". A profissional havia questionado o presidente sobre o perfil das universidades brasileirasmencionadas por ele como expoentes na pesquisa acadêmica do Brasil.
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Inicialmente, Bolsonaro afastou as críticas de acadêmicos, que têm reclamado sobre o possível impacto nas universidades a partir dos cortes na Educação — o bloqueio no orçamento foi objeto de protesto em todos os estados na quarta-feira. Segundo o presidente, "entre as 250 melhores universidades do mundo não tem nenhuma brasileira", o que inviabilizaria as colocações sobre as pesquisas. Bolsonaro disse que "pesquisa até temos, na Mackenzie, no IME, no ITA, em poucas universidades".
A partir da fala do presidente, a repórter questionou o motivo de o presidente citar uma universidade particular (Mackenzie) como exemplo de pesquisa. Bolsonaro afirmou que não havia citado instituições privadas, afirmou ironicamente que tinha diante dele uma especialista em orçamento e recomendou que a profissional voltasse a estudar.
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"Primeiro, você tem que entrar de novo numa faculdade que presta e fazer um bom jornalismo. O jornal tem que fazer isso e não contratar qualquer uma ou qualquer um para ser jornalista, para ficar semeando a discórdia e perguntando besteira por aí e publicando coisas nojentas", disse o presidente enquanto os próprios apoiadores gritavam em reação positiva à resposta.
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Em seguida, Bolsonaro perguntou se a repórter queria continuar a debater com ele. Ao ouvir que ela apenas queria saber sobre os cortes orçamentários, Bolsonaro encerrou a entrevista.
"Todas as áreas são essenciais. Ciência e Tecnologia é tão importante quanto Educação. Temos que investir em conhecimento, se não, quando acabarem nossa commodities, vamos viver do quê? Não somos herbívoros", concluiu Bolsonaro .