Jair Bolsonaro assinou o decreto que flexibiliza o porte de armas na semana passada
Reprodução/Redes Sociais de Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro assinou o decreto que flexibiliza o porte de armas na semana passada

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão que integra o Ministério Público Federal (MPF), encaminhou na segunda-feira (13) ao Congresso uma nota técnica classificando como inconstitucional o decreto que flexibilizou o porte de armas , editado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada. Um resumo do texto também foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com a nota técnica, as alterações no porte de armas que foram realizadas por Bolsonaro não poderiam ter sido feitas por meio de decreto, já que, como foram de encontro ao teor do Estatuto do Desarmamento, deveriam ter sido submetidas ao Congresso. O texto foi assinado pela procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, e pelo procurador federal dos Direitos do Cidadão adjunto, Marlon Alberto Weichert.

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"A modificação no regime de posse e uso de armas de fogo pretendida pelo governo deveria ter sido submetida ao Congresso Nacional através de um projeto de lei, pois não se trata de matéria meramente regulamentar, mas sim de alteração de uma política pública legislada", diz a nota técnica.

Os procuradores alegam que é há uma "inconstitucionalidade integral do decreto", porque as ilegalidades "se acumulam em praticamente todos os espaços regulados pela proposição: posse, compra, registro, porte, tiro esportivo e munições".

Na semana passada, a constitucionalidade do decreto do porte de armas já havia sido questionada pela Secretaria-Geral da Câmara e pela Consultoria Legislativa do Senado. Além disso, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu  cinco dias para Bolsonaro explicar a medida.

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