Damares retoma polêmica com princesa de Frozen ao criticar a ideologia de gênero

Em Suzano, interior de São Paulo, a ministra lançou campanha contra suicídio e automutição de jovens e reviveu suas convicções sobre a personagem

Damares Alves participou de um evento em Suzano (SP)
Foto: Reprodução/Twitter
Damares Alves participou de um evento em Suzano (SP)


Depois de ser um dos assuntos mais comentados no fim de semana por um comentário sobre o filme infantil Frozen , a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta segunda-feira (13) que é contra a abordagem de ideologia de gênero em filmes para crianças. Em um vídeo divulgado no fim de semana na internet, gravado em 2018, a ministra aparece comentando que Elsa , a princesa do filme, termina sozinha porque é lésbica. 

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"Trazer um filme para crianças de 2 anos com abordagem sobre ideologia de gênero é muito cedo", afirmou Damares , após uma visita a Suzano (SP), cidade que, dois meses atrás, foi palco da tragédia na escola Raul Brasil, quando dois jovens entraram na unidade atirando e matando dez pessoas.

"Sabe por que ela (Elsa) termina sozinha em um castelo de gelo? Porque é lésbica! O cão está muito bem articulado e nós estamos alienados", dizia ela, no vídeo.

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Na gravação, Damares aindam afirma que Elsa “vai acordar a Bela Adormecida com um beijo gay”. Nesta tarde, ela explicou que o vídeo divulgado foi apenas um trecho de uma conversa com pais numa igreja e que estava fora de contexto.

"Eu estava falando de uma matéria que tinha lido em que a autora da obra estava dizendo que, no próximo episódio do filme, a princesa viria lésbica . Eu estava explicando aos pais de uma igreja sobre isso", justificou.

Damares atribuiu a campanha contra ela nas redes a descontentes com a atuação dela na pasta.

"Engracado que essas polêmicas surgem quando eu tomo a iniciativa que desagrada o lado de lá. Na semana passada nós chegamos a 800 indeferimentos da comissão de anistia. Causamos muito mal estar. Aí eles dizem: 'Vamos colocar a ministra na berlinda'", disse.

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A ministra reafirmou não ser contra o movimento gay. "A minha luta tem sido contra a ideologia de gênero, o que é totalmente diferente do movimento gay".

Em Suzano, Damares lançou um programa piloto para reduzir suicídios e casos de automutilação entre crianças e jovens. Segundo a ministra, há registros de crianças recorrendo à automutilação a partir dos 6 anos. A maior incidência está no grupo de 13 a 18 anos.

O suicídio é a segunda causa de morte entre jovens no país e a estimativa é de que a automutilação já tenha vitimado 14 milhões de adolescentes.

O programa federal pretende levar treinamento para professores, médicos, conselheiros tutelares e pais. A ação vai mobilizar quatro ministérios - Diretos Humanos, Saúde, Educação e Cidadania. A experiência não tem prazo para terminar. O objetivo de Damares é que o programa seja levado à metade dos municípios do país até o fim deste ano..