Em entrevista, Ciro Gomes afirmou que Bolsonaro – então deputado federal – era um 'moralista de goela'
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Em entrevista, Ciro Gomes afirmou que Bolsonaro – então deputado federal – era um 'moralista de goela'

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes, que foi candidato à Presidência da República pelo PDT nas eleições do ano passado, se tornou réu em um processo movido pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Na ação, Ciro é acusado de calúnia por uma fala sobre Bolsonaro durante uma entrevista transmitida pela Rádio Bandeirantes , em agosto de 2017.

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Na ocasião, Ciro Gomes afirmou que Bolsonaro – então deputado federal – era um "moralista de goela", que havia recebido dinheiro lavado da JBS. Em sua queixa, Bolsonaro diz que o pedetista agiu com a intenção de ofender a honra alheia e que a declaração configurava o crime de calúnia. A Justiça acatou a queixa e Ciro se tornou réu por decisão do juiz Richard Francisco Chequini, da 20ª Vara Criminal de São Paulo. 

Na época, o agora presidente ainda fazia parte do PP, partido que recebeu cerca de R$ 200 mil provindos do grupo dos irmãos Batista para financiamento de campanha. Em sua declaração, Ciro disse disse: "A JBS depositou R$ 200 mil na conta dele, Jair Messias Bolsonaro, deputado federal. E mais outro tanto na bolsa, na do filho dele. Ele, quando viu, resolveu estornar o dinheiro, não pra JBS".

"Eu, se tô indignado, o cara depositou na minha conta sem a minha autorização, eu devolvo pra ele, e mando ele pastar, pra não dizer aquela outra frase que termina no monossílabo tônico. Não, o que ele [Bolsonaro] faz? Ele devolve para o partido, que na mesma data entrega R$ 200 mil pra ele. O nome disso é lavagem de dinheiro. Simples assim”, comentou Ciro .

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A ação movida por Bolsonaro destaca que a “deliberada distorção do ocorrido”, promovida por Ciro, quis causar danos à imagem e à reputação do presidente “perante a opinião pública e seus eleitores”. 

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Ciro cutuca o presidente e diz que aposta na justiça

Em resposta à queixa-crime movida pelo presidente Jair Bolsonaro , o ex-candidato à Presidência pelo PDT divulgou uma nota de sua assessoria em que informa que, com o processo, o presidente se une a outras pessoas que o processaram e que hoje estão presas ou respondem a ações e investigações. Segundo a nota, Ciro confia que, também neste caso, “a justiça será feita”. Confira a íntegra da nota: 

"A assessoria de Comunicação de Ciro Gomes informa que o presidente Jair Bolsonaro se une a Eduardo Cunha, que o processou e logo em seguida foi preso; Michel Temer, que o processou e hoje está preso; José Serra, que o processou e hoje responde a diversos processos junto com Paulo Preto, que está preso; além de Eunício Oliveira, investigado pela Lava Jato, entre outros. Ciro Gomes confia que, também neste caso, a justiça será feita".

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