Ciro Gomes  foi questionado se pretende correr novamente ao cargo de presidente em 2022
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Ciro Gomes foi questionado se pretende correr novamente ao cargo de presidente em 2022

O ex-governador do Ceará e  ex-candidato à Presidência Ciro Gomes afirmou nesta segunda-feira (11) que a inteligência brasileira está “presa em rosa e azul, em mamadeiras”, enquanto assuntos importantes são ofuscados pelos factoides e gafes do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Colocaram um garoto de 13 anos, um adolescente tuiteiro, para governar o País.”

As declarações foram dadas durante uma palestra em São Paulo. No evento, Ciro Gomes foi questionado se pretende correr novamente ao cargo de presidente em 2022. “Vou pensar antes 100 vezes”, disse o ex-governador. “Se meu partido quiser que seja, eu acabo adquirindo o entusiasmo que nunca me faltou. Mas eu não vou agir com a prudência de candidato”, acrescentou.

No último dia 25, em entrevista à rádio Tribuna BandNews, de Fortaleza, o político do PDT disse que Jair Bolsonaro teve seus escândalos esquecidos com a tragédia de Brumadinho e afirmou que o vice-presidente, Hamilton Mourão, já está “precocemente escalando o golpe”.

Ciro chegou a chamar Mourão de “jumento de carga” durante as eleições. Desta vez, o político do PDT disse que deve respeito ao general pelo cargo de vice-presidente, mas ligou um alerta sobre as declarações do mesmo.

“Mourão está vendo a deterioração acelerada do Governo Bolsonaro  e está querendo se legitimar como alternativa. Há 50 dias, isso é falta de lealdade (...).Ele é tão pouco respeitável que está flagrante e precocemente escalando o golpe contra o Bolsonaro”, afirmou.

Entre os assuntos tratados, Ciro afirmou que fará uma representação ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, para que o caso Queiroz seja esclarecido. O político disse que vai apenas esperar que o governo complete cem dias.

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“Cadê a TED desse empréstimo? Cadê o contrato? Cadê o DOC da transferência? Cadê o cheque? Qual é a origem do dinheiro para emprestar 50 mil reais para um homem que ganha 20 mil por mês. É um assunto que envolve um presidente da República que estabeleceu a decência, o moralismo, o enfrentamento à ladroeira como sua razão de ser eleito”, disse.

Ciro se referia a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que, segundo o Coaf, fez transações bancárias suspeitas que, somadas, chegam a R$ 3 milhões. Em declaração, Jair Bolsonaro assumiu que já fez empréstimos ao investigado.

O candidato derrotado por Bolsonaro disse que a tragédia de Brumadinho, de certa forma, ajudou a conter as denúncias contra o presidente .

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“Brumadinho aconteceu em um momento grave, em que você tinha o filho do presidente da república indiciado, ou pelo menos claramente envolvido, com milícias e com apropriação indébita de dinheiro e fortuna acima das suas posses”, defendeu Ciro Gomes .

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