Lula afirmou que sua luta para provar que é inocente não vai acabar se ele deixar a prisão
Ricardo Stuckert
Lula afirmou que sua luta para provar que é inocente não vai acabar se ele deixar a prisão


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu mais uma entrevista na prisão. Nesta sexta-feira (3), o  petista recebeu o jornalista Kennedy Alencar e falou sobre as possibilidades de pedir a progressão de regime a partir de setembro. Segundo Lula, isso só não acontecerá se seus advogados disserem que o semiaberto não permitirá que ele continue falando e brigando pela sua inocência.

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Perguntado por Kennedy sobre as possibilidades jurídicas que sua defesa pretende tomar, Lula disse que quer ir para casa, mas antes de tudo provar que foi condenado injustamente.

“Por que você acha que eu digo que não troco a minha dignidade pela minha liberdade? Porque, de vez em quando as pessoas falam “Ah, mas agora foi julgado e tem a tal da detração [penal] e você já pode sair”. Obviamente, quando os meus advogados disserem “Lula, você pode sair”, eu vou sair. Só sairei daqui se qualquer coisa que tiver que tomar decisão não impedir de eu continuar brigando pela minha inocência”, disse o ex-presidente.

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A pena do petista no caso tríplex do Guarujá foi reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) de 12 anos e 1 mês para 8 anos, 10 meses e 20 dias. A decisão dos ministros da Quinta Turma do tribunal pode impactar no tempo em que o ex-presidente permanecerá na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Preso desde o dia 7 de abril de 2018, Lula já cumpriu um ano e quase um mês de prisão . Com a nova pena estipulada pelo STJ, o ex-presidente pode passar para o regime semiaberto entre setembro e outubro deste ano quando terá comprido 1/6 da pena.

“Olha, eu só pedirei no dia em que meus advogados, o Cristiano e o Batochio, disserem pra mim “Presidente Lula, o senhor. pode pedir, que, se o senhor. pedir, o senhor pode continuar a sua briga pela sua inocência”, explicou o petista.

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Lula  também já foi condenado em primeira instância a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro através de reformas em um sítio de Atibaia. O petista ainda é réu em outros cinco processos. Caso seja condenado em segunda instância novamente, perde o direito de deixar a prisão.

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