O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, e apontado como operador de esquemas envolvendo o PSDB, recebeu cerca de R$ 24 milhões em propina em caixas enviadas por um ex-gerente da empreiteira Delta. Isso é o que diz o próprio delator, Helvétio Rocha.
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Segundo o ex-gerente, os repasses a Paulo Preto ocorreram em razão das obras de ampliação da marginal Tietê em 2009, durante a gestão do ex-governador José Serra, em São Paulo. O pagamento foi feito tanto antes da licitação como durante a execução da obra.
Ainda de acordo com Rocha, as caixas foram levadas pessoalmente por ele à sede da Dersa, estatal paulista que foi uma das responsáveis pelas obras.
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Na época, a construção, que resultou na criação de uma nova pista na marginal, custou R$ 1,75 bilhão aos cofres públicos de São Paulo. Porém, a decisão de fazê-la foi controversa: especialistas questionavam a necessidade de uma intervenção desse porte voltada principalmente a usuários de automóvel.
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As informações são do jornal Folha de S.Paulo. Segundo a reportagem, Rocha – que firmou acordo de delação premiada junto com outros executivos da empreiteira, na parte da Lava Jato que tramita na Justiça Federal do Rio de Janeiro – disse que, antes da licitação, entregou até sete caixas ao ex-diretor da Dersa .
De acordo com o ex-gerente, ele sabia que havia dinheiros nas caixas (que eram equivalentes a três caixas de sapato). No entanto, Rocha não soube precisar a quantia com exatidão. Ele estimou em cerca de R$ 1 milhão cada volume.
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Hoje, Paulo Preto está preso, em Curitiba. Ele está detido desde fevereiro por causa de uma ação da Lava Jato do Paraná, que investiga o PSDB. A assessoria do ex-governador e atual senador José Serra não respondeu aos questionamentos sobre o pagamento de propina.