Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello
Rosinei Coutinho/SCO/STF - 13.3.19
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello

Um dia após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) diminuir a pena do ex-presidente de 12 anos e 1 mês para 8 anos, 10 meses e 20 dias, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, afirmou que tem "dúvidas" sobre os crimes do ex-presidente.

Leia também: Comissão do Senado adia votação de projeto que criminaliza caixa dois

Preso desde o dia 7 de abril de 2018, Lula já cumpriu um ano e quase um mês de prisão. Com a nova pena estipulada pelo STJ, o ex-presidente pode passar para o regime semiaberto entre setembro e outubro deste ano quando terá comprindo 1/6 da pena, no entanto, esse direito não é garantido.

 "Eu tenho uma dúvida seríssima quanto aos dois crimes. Aí está em discussão: houve apenas a corrupção ou houve corrupção e lavagem", disse o ministro a jornalistas logo após a sessão da manhã desta quarta-feira (24), no Supremo .

"Eu tenho dúvidas, dúvidas. Não estou me manifestando, porque eu nem vou julgar o caso. Dúvidas quanto aos dois tipos penais, a corrupção e a lavagem. Teria havido um procedimento do presidente visando dar ao que ele recebeu, entre aspas, via corrupção a aparência de algo legítimo? A lavagem pressupõe", analisou Marco Aurélio Mello .

Leia também: Lula solto em setembro? Veja o que pode acontecer após decisão do STJ

Caso consiga a progressão para o regime semiaberto, o petista ficaria em uma colônia agrícola, colônia industrial ou similar, no entanto, é comum que o Estado não tenha vaga nesse tipo de estabelecimento, o que faria com que o ex-presidente passasse direto para o regime aberto.  Nesse caso, Lula trabalharia durante a manhã e retornaria para a superintendência da PF à noite. 

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!