Apesar do pedido público do presidente Jair Bolsonaro para que os ataques de seu filho número 2, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), ao vice-presidente Hamilton Mourão cessassem , o vereador voltou a alfinetar o general nas redes sociais na noite desta terça-feira (23) e na manha desta quarta-feira (24).
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"Caiu no colo de Mourão algo que jamais plantou. Estranhíssimo seu alinhamento com políticos que detestam o Presidente", escreveu Carlos Bolsona ro no Twitter. "Qualquer um sabe que Jean Willians não saiu do Brasil por perseguição, mas por uma esperta jogada política cultural. Com a palavra, o culto", completou o vereador, que anexou uma entrevista antiga de Mourão, onde o vice-presidente afirma que o governo poderia ter protegido o ex-deputado, que deixou o país por conta de supostas ameaças.
"Lembro que não estou reclamando do vice só agora e tals.... são apenas informações! Não ataco ninguém, são apenas fatos que já aconteceram e gostaria de continuar compartilhando com os amigos", disse o filho do presidente Bolsonaro em outra publicação desta quarta-feira.
Ainda na noite de terça-feira, Carlos compartilhou outras duas entrevistas de Mourão , uma onde ele critica a "despetização" promovida pelo ministro Onyx Lorenzoni na Casa Civil e outra onde ele opina que o governo não deve comentar decisões do Supremo Tribunal Federal. "Tirem suas conclusões", escreveu o vereador.
Mourão ignora críticas de Carlos Bolsonaro
Em sua primeira manifestação pública depois de tervirado alvo de ataques diretos do vereador Carlos Bolsonaro , o vice-presidente Hamilton Mourão evocou um ditado popular para tentar diminuir a temperatura na relação com o segundo filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.
"Eu sei de todas as angústias, as perguntas que vocês querem fazer, mas é o seguinte: calma, todo mundo emite sua opinião, tal e coisa, né? A minha mãe sempre dizia uma coisa: quando um não quer, dois não brigam, tá certo? Então é essa a minha linha de ação, vamos manter a calma", declarou Mourão a jornalistas na saída de seu gabinete no Palácio do Planalto, no início da noite desta terça-feira.
Ao ser indagado sobre se Bolsonaro não deveria repreender seu filho como fez na segunda ao divulgar nota dizendo que declarações recentes do ideólogo de direita Olavo de Carvalho "não contribuem" para o governo, ele preferiu deixar a resposta a cargo do mandatário.
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"O presidente é o presidente, né? Então ele tem a forma dele de pensar. Aguarda, né? Filho é filho, né? Minha filha tava aqui, pô", disse.