Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli
G.Dettmar/CNJ - 18.9.18
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli

A força-tarefa de procuradores que atuam na Operação Lava Jato em Curitiba divulgou nota no fim da tarde desta quinta-feira (18) para negar que tenha vazado do Ministério Público Federal (MPF) o e-mail que cita o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli , como o dono do codinome "amigo do amigo do meu pai" em conversas de Marcelo Odebrecht.

A Lava Jato apresentou uma certidão que mostra que os procuradores só acessaram o documento no sistema da 13ª Vara Federal de Curitiba às 22h04 da última quinta-feira (11), enquanto a reportagem da revista Crusoé sobre o assunto havia sido publicada às 20h01 daquele dia pelo site O Antagonista .

O suposto vazamento do documento pelos procuradores de Curitiba motivou a abertura de uma apuração por parte do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a pedido do conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, representante do Senado no CNMP.

Leia também: Senado 'ressuscita' Lava Toga e abuso de autoridade após polêmicas com STF

A Lava Jato alegou, na nota divulgada nesta tarde, que a acusação trata-se de uma "tentativa leviana" e que a ação "é apenas mais um esforço para atacar a credibilidade da força-tarefa e da operação, assim como de desviar o foco do conteúdo dos fatos noticiados".

"Nesse contexto, a acusação direcionada aos procuradores levanta suspeita sobre a isenção de quem a realiza e sobre a real intenção de quem os persegue", escreveram os procuradores.

A polêmica a respeito da reportagem que menciona Dias Toffoli levou o ministro do STF Alexandre de Moraes a proferir decisão que obrigava os sites da Crusoé e O Antagonista a retirarem o conteúdo do ar. A medida foi revogada no fim desta tarde, pelo próprio Moraes .

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