O andamento da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados deve ser o destaque dos próximos dias. Com os feriados da Semana Santa, os trabalhos devem ser reduzidos no Congresso, mas a pressão do governo pela agilidade na tramitação do texto da nova Previdência continua.
De acordo com o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), ele deve iniciar a próxima sessão do colegiado , nesta segunda-feira (12), com a pauta da reforma da Previdência . No entanto, ele tem sido pressionado por partidos do centrão, que querem adiar a votação.
Apesar disso, Francischini afirmou que tem compromisso com a proposta da equipe econômica do governo. Os partidos do centrão, como PR e PP, querem apresentar um requerimento para analisar antes a PEC do Orçamento, que foi alterada no Senado.
O presidente da CCJ afirmou ainda que, se o requerimento for apresentado, vai colocá-lo em votação. Se o centrão e partidos de oposição conseguirem inverter a pauta, a votação da Previdência poderá ser postergada para a outra semana.
Já no Senado, há semana tem poucas votações de destaque no plenário e nas comissões. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai emendar a semana inteira e não há nenhum julgamento em plenário marcado na agenda.
Bolsonaro deve anunciar mais um decreto sobre armas
Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que irá editar um decreto nesta semana “para facilitar a vida” de colecionadores de armas, atiradores e caçadores , conhecidos pela sigla CAC.
Sem entrar em detalhes sobre a medida, o presidente também afirmou que irá apresentar um projeto de lei sobre o assunto. "Vai dar o que falar também. Está prontinho um decreto sobre os CAC, que é o colecionador, atirador e caçador. Ouvimos gente na ponta da linha, essas pessoas, ouvimos gente do Exército, Polícia Federal. Lógico que houve conflitos em alguns casos, mas democraticamente eu decidi por vocês. O decreto deve sair semana que vem", disse o presidente.
Nesta segunda-feira (15), o presidente vai se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Bolsonaro deve explicações a Guedes sobre a intervenção feita na Petrobras , que cancelou o aumento de 5,7% no preço do diesel. Segundo o ministro, ele não foi informado sobre a decisão que fez a estatal perder R$ 32 bilhões em valor de mercado.