
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse ser inadmissível que milicianos impeçam autoridades e trabalhadores de companhias de serviços – como água, energia elétrica e gás – de atuarem em comunidades do Rio de Janeiro e que esse problema precisaria ser enfrentado pelo estado. As declarações foram dadas em reação ao desabamento de dois prédios na manhã desta sexta-feira (12), na comunidade de Muzema, na zona oeste da capital fluminense.
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Além disso, Mourão afirmou que o problema das milícias precisa ser enfrentado urgentemente no estado, "de modo que o estado possa desempenhar o seu papel". O acidente de hoje aconteceu em uma região controlada por milicianos e de difícil acesso, inclusive para o Corpo de Bombeiros e para as ambulâncias necessárias nesta manhã .
"Esse problema [das milícias] tem que ser enfrentado, não se pode fugir disso aí, de modo que o estado possa desempenhar o seu papel. É inadmissível que haja nesses locais, que autoridades, trabalhadores das companhias de energia e gás, não possam entrar lá dentro", disse o vice-presidente. As declarações foram feitas durante entrevista à rádio CBN .
Em nota, a prefeitura informou que as as construções que desabaram na Muzema eram não autorizadas pelos órgãos municipais. De acordo com a nota, os edifícios estavam interditados desde novembro de 2018. Os edifícios faziam parte de uma espécie de condomínio, onde há outros prédios construídos na mesma situação.
A prefeitura diz na nota que, por se tratar de uma área dominada por uma milícia – grupos criminoso que controla territórios de forma armada no Rio –, precisa de apoio da Polícia Militar para atuar na área. Apesar de Mourão já ter se pronunciado sobre o assunto, o presidente jair Bolsonaro nada falou sobre o desabamento na Muzema.