O embaixador do Brasil dos Estados Unidos,  Sérgio Amaral, foi retirado do posto
Roque de Sá/Agência Senado - 20.7.16
O embaixador do Brasil dos Estados Unidos, Sérgio Amaral, foi retirado do posto

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo , fez, nesta quarta-feira, a primeira mudança em um posto da diplomacia no exterior desde que assumiu o cargo, em 1º de janeiro deste ano. Portaria assinada por ele e publicada no Diário Oficial retira da embaixada brasileira nos Estados Unidos o embaixador Sergio Amaral , que irá para a representação do Itamaraty em São Paulo. Até que seja nomeado o substituto de Amaral, ficará à frente do posto o encarregado de negócios Fernando Pimentel.

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Nascido em São Paulo e formado em Direito, Amaral já serviu em Paris, Bonn, Genebra e, desde setembro de 2016, estava em Washington. Antes de ser embaixador , foi negociador da dívida externa brasileira no Comitê de Credores e no Clube de Paris e porta-voz e ministro da Indústria e Comércio no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

No mês passado, tanto Sergio Amaral como embaixadores de postos estratégicos para o Brasil foram criticados pelo presidente Jair Bolsonaro. Em um café da manhã com jornalistas, Bolsonaro se queixou de que era visto como racista e homofóbico, porque sua imagem não era bem defendida no exterior. O presidente anunciou que iria trocar os titulares de 15 embaixadas.

Dada a forte aproximação entre Bolsonaro e o presidente americano Donald Trump , a embaixada do Brasil em Washington passou a ser considerada a mais importante, hoje, no Itamaraty. De acordo com um experiente embaixador, é um lugar de grande simbolismo, para onde iria Ernesto Araújo , caso ele não fosse escolhido chanceler.

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Até recentemente, havia poucos nomes cotados para assumir a vaga de embaixador deixada por Sergio Amaral. Como reflexo da polarização que existe hoje no governo Bolsonaro, os nomes que mais circulam são os de Nestor Forster, número 2 da embaixada nos EUA e do grupo dos olavistas — em uma alusão ao ideólogo de direita e guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho — e, de outro, o cientista político Murilo de Aragão, que conta com o apoio de economistas e militares, mas não é diplomata de carreira como Forster.

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