Fernando Pimentel se tornou réu por lavagem de dinheiro e tráfico de influência
Divulgação/Facebook/Fernando Pimentel
Fernando Pimentel se tornou réu por lavagem de dinheiro e tráfico de influência

O ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) tornou-se réu em uma ação penal relacionada à  Operação Acrônimo, na qual é suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

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Trata-se de uma das quatro denúncias contra Pimentel originadas pela Acrônimo. Ele foi acusado de não declarar recursos utilizados na campanha de 2014, no chamado “caixa 2”. O processo contra o ex-governador tramitava no Superior Tribunal de Justiça, mas foi remetido à Justiça Eleitoral de Minas após ele encerrar o mandato, em dezembro.

A Operação Acrônimo foi instaurada para investigar esquemas ilegais que teriam beneficiado a campanha eleitoral de Fernando Pimentel (PT) em 2014, quando ele se elegeu governador de Minas Gerais.

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Em delação premiada, a publicitária Danielle Fonteles, proprietária da agência de comunicação Pepper Interativa, informou às autoridades sobre a movimentação de R$ 1,5 milhão em caixa dois para a campanha eleitoral de 2014 do ex-governador de Minas Gerais.

A agência é uma das empresas que teriam participado do esquema de repasses ilegais para a campanha do então candidato. Também foram alvos da operação o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH) e a construtora Egesa, ambos sediados na capital do Estado, Belo Horizonte. A ação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça ( STJ ).

Segundo a PF, Pimentel também é suspeito de cobrar vantagens ilegais de empresas durante o período em que comandou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, entre 2011 e 2014. Em troca, essas empresas seriam incluídas em políticas públicas ou conseguiriam obter empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, que era vinculado à pasta.

Anteriormente, outras fases da Acrônimo tiveram o objetivo de investigar esquemas supostamente comandados pelo empresário Benedito de Oliveira Neto, o Bené, que foi preso em abril e também fechou acordo para fazer delação premiada. Ele declarou, em um de seus depoimentos, que a empresa Caoa pagou cerca de R$ 10 milhões ao ministério com o intuito de ser beneficiada pelo programa Inovar Auto, cujo objetivo era fornecer incentivos fiscais a companhias do setor automotivo.  

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A defesa de Pimentel sempre negou qualquer ilegalidade e disse que se manifestará apenas nos autos do processo.  

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