Defesa de Michel Temer informou que a recusa do banho de sol foi apenas uma
Beto Barata/PR - 27.12.16
Defesa de Michel Temer informou que a recusa do banho de sol foi apenas uma "decisão pessoal" do ex-presidente

Preso preventivamente desde quinta-feira (21) em um desdobramento da Operação Lava Jato, o ex-presidente Michel Temer decidiu abrir mão do banho de sol a que tem direito em seus dois primeiros dias de prisão na sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo , Michel Temer pediu a policiais para não sair para o banho de sol, tendo mencionado querer evitar exposição. Normalmente, o tempo concedido para o preso ver a luz do dia é de duas horas

O emedebista, preso por decisão do juiz federal Marcelo Bretas, tem recebido tratamento semelhante ao dado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril de 2018. O petista também ficou sem banho de sol nos primeiros dias da prisão, mas, segundo informações da defesa à época, o motivo foi uma pendência de organização da PF.

Ainda segundo a Folha , a defesa de Temer informou que a recusa do banho de sol foi apenas uma "decisão pessoal" do ex-presidente. A sala especial preparada de última hora ao emedebista era usada pelo corregedor da PF e tem banheiro privativo, janela e ar-condicionado. Tem ainda uma cama de solteiro, sofá, mesa de reunião, frigobar e TV.

O emedebista é suspeito de ter recebido propina por meio de um contrato de empreiteiras com a Eletronuclear, estatal responsável pela construção da usina nuclear de Angra 3. Na opinião de Bolsonaro, acordos políticos em nome da governabilidade levaram a essa situação.

Temer chegou no início da noite de quinta-feira (21) à sede da Superintendência da Polícia Federal no  Rio de Janeiro . O ex-presidente foi preso pela  força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro quando ele saia de sua casa em São Paulo. O mandado de prisão foi assinado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, Temer é o "líder de uma organização criminosa"  e que se valeu de duas décadas atuando em cargos públicos para "transformar os mais diversos braços do Estado brasileiro em uma máquina de arrecadação de propinas".

As afirmações constam do pedido de prisão preventiva de Michel Temer e de mais sete pessoas (outras duas foram alvos de prisão temporária).  Segundo as investigações, o esquema criminoso envolvia pagamentos (alguns desviados, outros efetuados, e mais outros prometidos) que superam R$ 1, 8 bilhão.

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