Ricardo Vélez pediu desculpas pela declaração e afirmou que sua fala foi colocada
Luís Fontes/MEC
Ricardo Vélez pediu desculpas pela declaração e afirmou que sua fala foi colocada "fora de contexto"

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, pediu desculpas por ter afirmado, em entrevista recente à revista Veja , que brasileiros se comportam como "canibais" quando estão viajando e "roubam coisas dos hotéis". 

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Ricardo Vélez é colombiano e veio ao Brasil em 1979. O ministro usou sua conta pessoal no Twitter na manhã desta segunda-feira (18) para pedir desculpas por sua declaração e dizer que a entrevista colocou suas palavras "fora de contexto". 





Na entrevista, o ministro afirmou que é necessária mais educação aos brasileiros e que é preciso lembrar aos adolescentes que existem contextos sociais diferentes e que as leis dos outros devem ser respeitadas. 

"O brasileiro viajando é um canibal . Rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola", afirmou. 

Na semana passada, Vélez foi notificado pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber para que dê uma explicação sobre a sua fala em até dez dias, caso queira. A notificação foi feita no dia 11 em uma interpelação judicial apresentada por um advogado, que acusa o ministro de calúnia e difamação pelas declarações.

“As acusações do senhor Vélez, além de demonstrarem que dito alienígena não é merecedor da naturalização brasileira que lhe foi concedida, muito menos o é de ser ministro de Estado da Educação”, disse o advogado.

O ministro da Educação também pode ser convocado a dar explicações na Câmara dos Deputados. O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) diz já ter conseguido assinaturas suficientes para forçar o presidente da Casa, Rodrigo Maia, a chamar Vélez ao plenário da Casa.

Esta não é a primeira polêmica envolvendo Ricardo Vélez . Em janeiro, o ministro autorizou a edição de um edital que permitia que os livros didáticos trouxessem erros de português e não necessitassem de referências bibliográficas. Depois, ele declarou que  "a ideia de universidade para todos não existe" no Brasil. 

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