Gustavo Bebianno foi um dos primeiros homens a se engajar na campanha eleitoral de Jair Bolsonaro
Reprodução/Instagram Gustavo Bebianno
Gustavo Bebianno foi um dos primeiros homens a se engajar na campanha eleitoral de Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta quarta-feira (13) que o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, responderá pelo que for responsabilizado. “Se tiver envolvido e logicamente responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode ser outro a não ser o retorno às suas origens,” disse o presidente. 

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A declaração de Bolsonaro se refere a uma investigação sobre quatro filiadas ao PSL por suspeita de terem atuado como “laranjas” para o desvio de dinheiro público destinado ao partido por meio do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), nas eleições do ano passado. Matérias veiculadas na imprensa associam Gustavo Bebianno , a essa prática.

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo , a declaração de Bolsonaro, que foi veiculada pela TV Record, fez Bebianno desabafar com amigos mais próximos ainda ontem. Ele disse que está triste e sem palavras para definir o tamanho da decepção que sente. Isso porque o ministro foi um dos primeiros a se engajar na campanha eleitoral do agora presidente, quando, segundo seus amigos, nem mesmo o próprio Bolsonaro acreditava nela.

Ontem, o presidente reiterou que é uma “minoria” dentro do partido que está sob suspeita e que a Polícia Federal foi encarregada do caso. “O partido tem de ter consciência. Não são todos, é uma minoria. Logo depois da minha eleição, eu dei carta branca para apurar qualquer tipo de crime de corrupção e lavagem de dinheiro.”

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O ministro protagoniza hoje uma crise no governo Bolsonaro. Se não a partir das investigações, seu nome está no centro de discussões internas da legenda. Afinal, Bebianno é desafeto de um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro , que fez declarações públicas ontem contra o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

Carlos Bolsonaro desmentiu uma fala de Bebbiano , que havia afirmado ter se encontrado três vezes com o presidente após rumores sobre as suspeitas de possíveis " laranjas " nas eleições de 2018 dentro do PSL. Para comprovar a mentira do ministro, o vereador publicou até um áudio onde o pai se recusa a conversar com Bebbiano . "Gustavo, tá complicado eu conversar ainda. Não vou falar com ninguém a não ser que o estritamente essencial", disse o presidente.

Em entrevista veiculada pela Globo News , Bebianno disse que não é um homem de redes sociais e que irá manter a sua postura como ministro. Ele afirmou ainda que, apesar do desgaste, não pensa em deixar o cargo de ministro, pedindo demissão, pois não "fez nada de errado". Afirmou, por fim, que vai esperar uma conversa direta com Bolsonaro para saber o que fará de agora em diante. 

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Não é de hoje que Gustavo Bebianno é visto como um desafeto do vereador  Carlos Bolsonaro . Afinal, o parlamentar carioca seria o responsável por advogar junto ao pai para que Bebianno tenha menos poder no governo federal, apesar de ocupar o cargo de confiança que ocupa.

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