O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, recebeu nesta terça-feira (12) parlamentares da bancada evangélica e do PT para tratar do julgamento da ação proposta pelo PPS para criminalizar a homofobia. O caso será julgado nesta quarta-feira (13) por toda a Corte.
Leia também: STF deve decidir nesta semana se homofobia passará a ser crime no Brasil
Toffoli recebeu em audiência o deputado Pastor Marco Feliciano (Pode-SP) e demais integrantes da Base Parlamentar Evangélica no Congresso, além das deputadas federais do PT Maria do Rosário (RS) e Erika Kokay (DF). O primeiro é contrário a ação, enquanto as deputadas defendem que homofobia seja tratada como crime.
Segundo os parlamentares, o ministro confirmou o início do julgamento para esta quarta-feira.
Nesta quarta-feira, o STF deve julgar ação na qual o PPS quer criminalizar o preconceito contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais). O processo tramita na Corte desde 2013 e será relatado pelo ministro Celso de Mello. O crime para este tipo de ação ainda não está tipificado na legislação penal brasileira.
Leia também: De porte de drogas a prisão em 2º instância: STF retoma casos polêmicos em 2019
Você viu?
Na sessão, os ministros devem definir se o Supremo pode criar regras temporárias para punir agressores do público LGBT , até que a matéria seja aprovada no Congresso Nacional.
No entendimento do PPS, o público LGBT deve ser incluído no conceito de "raça social" e os agressores, punidos na forma do crime de racismo, cuja conduta é inafiançável e imprescritível. A pena varia entre um e cinco anos de reclusão, conforme a conduta.
Por meio das redes sociais, o deputado Marco Feliciano criticou a PEC e falou de fim da liberdade de expressão e religiosa.
“A mais nova estratégia para acabar com a liberdade de expressão e religiosa será julgada no STF no dia 13/02”, escreveu o deputado pastor.
Leia também: Suspeito alega "legítima defesa", mas confessa ter ofendido e matado gay em SP
Levantamento recente, divulgado pelo Grupo Gay da Bahia, mostrou que, em 2017, foi registrado o maior número de mortes relacionadas à homofobia desde que o monitoramento anual começou a ser feito pela entidade, há 38 anos. Naquele ano, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos pelo preconceito.
*Com Agência Brasil