Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, diz que, agora, 'meninos vestem azul e meninas, rosa'
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Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, diz que, agora, 'meninos vestem azul e meninas, rosa'

Uma loja de roupas em um shopping de Brasília pediu desculpas nesta quinta-feira (10) à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que teria sido constrangida pelo vendedor Thiego Amorim, de 34 anos, após a polêmica fala sobre “meninos vestem azul e meninas vestem rosa” .

Na semana passada, o vendedor questionou por que Damares Alves estava vestindo uma camisa azul, e a ministra respondeu que estava sendo constrangida. Thiego entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a ministra alegando que houve constrangimento, vias de fato e ameaça na ocasião.

No entanto, segundo a loja, a ministra não foi atendida corretamente e sustenta que não houve agressão por parte de Damares. "Gostaríamos de pedir desculpas pelo atendimento inadequado de um de nossos funcionários da loja localizada no Brasília Shopping no último dia 02.01.2019, reconhecemos que não houve por parte de V.Sa. qualquer tipo de agressão no interior da loja", diz a nota da loja, que é uma franquia da marca de roupas Cantão.

"Reforçamos aqui nossa constante preocupação em oferecer um atendimento respeitosos que preza pela gentileza, simpatia e educação com todos os nossos clientes. Esclarecemos ainda que o ocorrido está sendo usado como uma oportunidade para reiterar, ainda mais, nossos valores com todos os funcionários e garantir que situações como essa não voltem a acontecer."

Segundo o jornal O Globo, Thiego afirmou que, na última sexta-feira, a ministra teria dito que vai "acabar com a ideologia de gênero nas escolas brasileiras". O vendedor contou ainda que Damares teria colocado a mão em seu pescoço. De acordo com o relato de Thiego, a assessora que acompanhava a ministra no shopping teria dado um tapa na sua mão, enquanto Amorim pegava o celular para começar a gravar.

A reportagem ouviu também a dona da franquia em Brasília, Carolina Puga, que disse ter analisado os fatos e o vídeo da câmera de segurança,  junto ao departamento jurídico da loja, e não constatou agressão. 

Ao O Globo, Thiego disse que não foi repreendido pela gestão da loja e que também não foi avisado sobre o pedido de desculpas, mas que planeja se desligar do estabelecimento, porque sabe que "não estão por mim".

Segundo o vendedor Damares Alves "sabe o que fez". "Existem maneiras diferentes de tocar em alguém, e a gente sabe quando é feito de forma rude, para agredir. Eles são bem legais na loja mas, desde que tudo isso aconteceu, outras portas se abriram para mim, e não preciso mais ficar ali", afirmou.

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