A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, criticou nesta segunda-feira (7) a “despetização” da Casa Civil promovida pelo novo ministro da pasta , Onyx Lorenzoni. Na última quinta-feira (3), cerca de 320 servidores públicos que ocupavam cargos comissionados e de confiança (de livre escolha) do ministério foram exonerados.
“Resultado da ignorância e arrogância. Quem tem por objetivo maior perseguir e destruir o outro, disseminando ódio e confusão, não tem como acertar. Vocês jamais vão tirar o PT da vida do país. Desistam”, escreveu Gleisi Hoffmann ao comentar uma matéria do jornal Folha de S.Paulo que afirmava que as exonerações trouxeram “impactos negativos à gestão de Jair Bolsonaro”.
De acordo com o jornal, a decisão tomada por Onyx desarticulou momentaneamente o corpo técnico do Palácio do Planalto prejudicando a análise sobre a prorrogação até 2023 de benefícios fiscais para as regiões Norte e Nordeste e o impacto da medida no Orçamento de 2019.
Neste caso, Bolsonaro chegou a anunciar que haveria aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para compensar a concessão de incentivos fiscais às regiões Norte e Nordeste. O que foi descartado mais tarde pelo secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, e também por Onyx Lorenzoni .
O ministro da Casa Civi l chegou a fazer uma entrevista coletiva na sexta-feira (4) para confirmar que o imposto não sofreria alterações. Na ocasião, Lorenzoni disse que a informação compartilhada pelo presidente "não deveria ter sido vazada". "Não haverá aumento de impostos. Ele [Bolsonaro] se equivocou ao falar de aumento de impostos. Poderia ser um caminho, mas a solução foi encontrada e está no decreto publicado", declarou.
O suposto aumento do IOF também foi alvo de crítica da presidente do PT. “A velha prática da elite: baixar imposto para os ricos. Nós íamos isentar Imposto de Renda para até cinco salários mínimos e não reduzir para altos salários! Ainda pede desculpas por aumentar o IOF, que atinge quem aplica fora do país. Diz que foi obrigado e põe a culpa no Norte e Nordeste”, criticou Gleisi Hoffmann .