Grupo autointitulado terrorista chamado Maldição Ancestral fez ameaça de ataque a cerimônia de posse do presidente eleito no dia 1º de janeiro
A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal cumprem sete mandados de busca e apreensão em Goiás, Brasília e São Paulo nesta segunda-feira (31), na investigação de um grupo autointitulado terrorista que ameaçou o presidente eleito Jair Bolsonaro.
Na investigação, a Policia Civil alertou a PF de que o suposto grupo estava ameaçando atacar a posse de Bolsonaro no dia 1º de janeiro. Em seu site, eles afirmam estar em "tocaia terrorística contra o progresso humano” e são disseminadas diversas mensagens de ódio, pregando “o caos e o terror no seio da civilização”.
O grupo terrorista, chamado Maldição Ancestral, também assumiu a responsabilidade pela bomba colocada ao lado de uma igreja na cidade de Brazlândia, no Distrito Federal, na noite de Natal. A organização postou fotos do artefato explosivo antes mesmo de colocá-lo no local.
"Se a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro , talvez ele venha a ter mais surpresas em algum outro momento, já que não somos os únicos a querer a sua cabeça [...] Se não for ele, servirá qualquer um de sua equipe, filiados, ou mesmo apoiantes e simpatizantes. Dia 01 de Janeiro de 2019 haverá aqui em Brasília a posse presidencial, e estamos em Brasília e temos armas e mais explosivos estocados", escreveu o grupo.
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As ameaças também se estendem à futura ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, e ao presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o cardeal Dom Sérgio da Rocha. As investigações estão sob segredo de Justiça e apuram o crime de associação criminosa, além de outros que possam ser identificados no decorrer das ações.
Devido ao temor quanto à segurança do presidente, a cerimônia de posse de Bolsonaro contará com esquema inédito de segurança máxima, formulado em conjunto pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pelo Exército, pela Força Nacional e pelas autoridades de segurança do Distrito Federal. São esperadas até 500 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.
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Vítima de ataque a faca durante comício em Juiz de Fora (MG) em setembro deste ano, o presidente eleito Jair Bolsonaro já foi alvo de outras ameaças investigadas pela PF nas últimas semanas. Até mesmo operações já foram deflagradas para tentar identificar autores de ameaças ao capitão reformado.