O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta sexta-feira (14), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, dez deputados estaduais e mais 17 pessoas por um esquema de propinas na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Entre os demais denunciados estão secretários e ex-secretários estaduais e assessores parlamentares.
De acordo com a denúncia apresentada nesta sexta-feira ao Tribunal Regional Federal na 2ª Região (TRF2), o esquema envolvia nomeações viciadas e pagamentos de propinas a deputados em troca de apoio aos governos de Sérgio Cabral e de seu sucessor – que também está preso por outra investigação –, o atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.
Além de Cabral, foram denunciados também nesta sexta os ex-presidentes da Alerj , Jorge Picianni e Paulo Melo (ambos do MDB), e os parlamentares André Correa (DEM), Edson Albertassi (MDB), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (SD), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius “Neskau” (PTB).
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Os dez deputados citados foram presos na Operação Furna da Onça , desencadeada no início de novembro, e que serviu de base para a denúncia apresentada hoje. Picciani, Melo e Albertassi já estavam presos desde a Operação Cadeia Velha, deflagrada no final do ano de 2017. Hoje, o MPF acusa os denunciados pelos crimes de corrupção, de lavagem de dinheiro e de organização criminosa.
No início do mês, Sérgio Cabral foi mais uma vez condenado no âmbito da Operação Lava-Jato do Rio. Desta vez a pena foi de 14 anos e cinco meses de reclusão em regime fechado. No total, com as oito condenações, o ex-governador do Rio de Janeiro já acumula 197 anos e 11 meses de pena. Atualmente, ele está preso no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro. Até agora, o ex-governador não foi absolvido em nenhuma das denúncias.
* Com informações da Agência Brasil.