Em reunião na 2ª Sessão do Fórum Permanente de Governadores, na tarde desta quarta-feira (12), os eleitos para comandarem os Estados brasileiros mais o Distrito Federal nos próximos quatro anos fizeram pedidos ao atual e ao próximo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann e Sérgio Moro. O principal deles: transferências de presos mais perigosos aos presídios federais.
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Na discussão, que contou também com as presenças do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, do presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, e do vice-presidente eleito general Hamilton Mourão, ficou decidido um controle maior da segurança pública, sobretudo em relação aos presídios federais . Através de uma carta, os eleitos fizeram pedidos ao próximo ministro.
O principal pedido foi a transferência de presos ligados a facções criminosas para penitenciárias federais. O tema é um dos mais polêmicos da área de segurança, já que alguns governadores entendiam que o custo operacional para tanto seria alto.
No mês passado, o Ministério Público de São Paulo pediu exatamente as transferências de líderes do Primeiro Comando da Capital ( PCC ) da penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, para presídios federais, mas ainda não foi atendido.
Ficou acordado que os governadores vão apoiar o incremento e a distribuição automática dos recursos oriundos do Fundo Penitenciário Nacional e do Fundo Nacional de Segurança, propondo a melhoria da gestão e a criação de projetos-modelo de presídios no País.
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Os governadores eleitos ainda pediram uma maior atenção do governo federal com relação a proteção das fronteiras. No documento, é pedido o fortalecimento dos sistemas de tecnologia para a identificação da entrada de drogas e armas no território brasileiro.
O segundo principal ponto da carta além da transferência de presos mais perigosos, sobretudo do PCC, para presídios federais se refere ao combate à corrupção. Os eleitos estão de acordo no enrijecimento das políticas de enfrentamento dos delitos de corrupção, violentos e, especialmente, os praticados por organizações criminosas, com a previsão de convênios entre a Polícia Civil e a Polícia Federal.