Principal porta-voz do próximo governo e ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni negou que o tiroteio provocado por um homem em uma catedral de Campinas , no interior de São Paulo, mude a posição do presidente eleito Jair Bolsonaro sobre a liberação do posse de armas de fogo.
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“O presidente pretende respeitar a vontade expressa pela maioria da população no último plebiscito do desarmamento, o direito à legítima defesa. Vamos respeitar isso dentro da lei”, explicou Onyx Lorenzoni , citando o referendo de 2005 em que os brasileiros votaram contra o desarmamento e, portanto, a favor da liberalização da posse de armas no País.
Principal defensor do uso de armas de fogo como legítima defesa durante sua atuação parlamentar, Bolsonaro prometeu fazer valer a lei. O referendo de 2005 não entrou em vigor por ter sido vetado pelo então presidente Lula.
A discussão sobre a posse de armas de fogo reacendeu nesta terça-feira (11) depois que um analista de sistemas assassinou quatro pessoas e feriu outras quatro antes de se suicidar dentro da Catedral Metropolitana de Campinas . Euler Fernanda Grandolpho, de 49 anos, portava uma pistola automática e um revólver calibre 38 e disparou mais de 20 tiros em direção a pessoas que rezavam na igreja.
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Em seus discursos, Bolsonaro sempre ressaltou que “o cidadão de bem tem o direito de se defender dos bandidos que andam fortemente armados pelas ruas”. Por isso, o político do PSL defende que os brasileiros possam comprar os objetos com poucas restrições, como comprovar que não possui antecedente criminal e está e plenas condições mentais e psicológicas.
No Estatuto do desarmamento é deixado claro a diferença entre porte e posse de armas de fogo. A posse permite que o cidadão tenha arma dentro de sua residência. Já o porte permite a pessoa a deixar sua casa com a mesma.