MDB, partido do atual presidente Michel Temer, garantiu um ministério dentro do futuro governo de Jair Bolsonaro
Igo Estrela/PMDB Nacional - 19.12.17
MDB, partido do atual presidente Michel Temer, garantiu um ministério dentro do futuro governo de Jair Bolsonaro

Antes de se reunir com o futuro ministro  da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o MDB afirmou, pelo Twitter, que não será oposição nem base no governo de Jair Bolsonaro (PSL) "no curto prazo". Segundo o partido do atual presidente Michel Temer, a partir do dia 1º de janeiro do ano que vem a sigla "manterá uma independência ativa".

O MDB afirmou ainda que apoiará "medidas que buscam o crescimento do país, gestão eficiente e responsavilidade fiscal. No curto prazo não faremos oposição nem seremos base, discutiremos caso a caso". "É natural parlamentares do MDB conversarem com o governo eleito, como acontecerá amanhã. Nós, enquanto partido, já deixamos nossa contribuição em forma de propostas para que os avanços que conquistamos na economia se mantenham", escreveu o partido.

A sigla do atual presidente garntiu um dos 22 ministério do governo Bolsonaro . O deputado federal reeleito Osmar Terra (RS) vai comandar a pasta de Cidadania, fruto da fusão entre o Desenvolvimento Social, Cultura, Esporte e de partes do Trabalho.

Em novembro, o partido do atual presidente lançou o documento O Caminho do Futuro , que faz um balanço das medidas tomadas pelo governo de Michel Temer, critica o PT e aponta estratégias de desenvolvimento para o país.  O documento afirma que “a economia brasileira hoje é muito diferente da que encontramos em 2016”, quando Temer assumiu o Palácio do Planalto.

De acordo com o documento, após o país ter superado a recessão de 2017, a expectativa é de que em 2018 “o crescimento estará em volta de 1,4%, ainda muito abaixo do atual potencial da economia”. Para 2019 projeta um crescimento superior a 2,5% e, para isso, destaca que o país tem inflação e juros baixos, além de um plano de ajuste fiscal.

A principal tarefa do país, segundo o partido, é recuperar os postos de trabalho perdidos e criar novos empregos para os jovens que entram no mercado. O texto destaca também que o governo atual tomou medidas para gerar empregos, por meio da reforma trabalhista.

O Caminho do Futuro cita ainda a necessidade de aprovação da reforma da Previdência e da redução dos custos com o funcionalismo público, sob o argumento de que as despesas obrigatórias representam 75% dos gastos da União.

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Para a sigla, o governo Temer evitou “o abismo para onde caminhávamos” e iniciou a reversão da trajetória da economia. “Este é um legado que pertence à nação e que não pode ser desperdiçado. Não fomos tão longe quanto pretendíamos”, afirma o documento, citando como obstáculos a desorganização do sistema político e algumas intervenções do Judiciário.

Ao avaliar as eleições de outubro, o MDB critica o antigo aliado: “O resultado das eleições mostrou que a sociedade rejeitou quem se propôs a retroceder e fazer o caminho de volta ao passado. Foi, entre outras coisas, um claro veredicto sobre as políticas econômicas da era PT”.

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