PT afirma que Fernando Haddad será a
Ricardo Stuckert
PT afirma que Fernando Haddad será a "nova liderança do Brasil"


O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou o seu mais novo balanço das eleições de outubro e a resolução para os próximos anos neste sábado (1). Em reunião no diretório do partido, em Brasília, a cúpula decidiu, mais uma vez, excluir as autocríticas que estavam no documento e focou na exaltação de Fernando Haddad como “nova liderança”, sem se esquecer de criticar inimigos e de se colocar como oposição ao próximo governo.

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De acordo com a presidente do partido dos Trabalhadores, a senadora Gleisi Hoffmann, a autocrítica do PT se dá no discurso e nas ações e não por meio de documentos aos seus seguidores.

No texto, o PT aponta Fernando Haddad como o grande líder do partido nos próximos anos, o colocando ao lado de nomes importantes da sigla, como do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"É imprescindível ressaltar nesse balanço que o companheiro Fernando Haddad se projeta como uma nova liderança nacional do Partido. Defendeu o legado do PT, ao mesmo tempo em que simbolizou aspectos de renovação política e social de que o PT é capaz, logrando conjuntamente com a militância democrática, da esquerda e do partido chegar ao final do segundo turno com 47 milhões de votos”, diz a resolução final.

O documento também faz um aceno à esquerda, citando outros partidos que terão representação de oposição no Congresso, como PSB, PSOL e PDT.

“O Diretório Nacional cumprimenta, também, os partidos e setores partidários que apoiaram nossa chapa no primeiro e no segundo turno das eleições, em particular o Partido Comunista do Brasil, o Pros, setores do PSB, o Psol e setores do PDT”, consta na resolução.

PT faz críticas duras a Bolsonaro e PSDB para exaltar Lula

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann diz que partido fará autocrítica nos debates e pronunciamentos
Claudio Kbene
Presidente do PT, Gleisi Hoffmann diz que partido fará autocrítica nos debates e pronunciamentos


Se não faz autocrítica, o PT ao menos não esquece quais partidos serão seus inimigos nos próximos anos. A resolução faz questão de ressaltar que o PSDB “sabotou o governo de Dilma Rousseff” e se negou a ficar do lado da democracia no segundo turno das eleições.

“Depois de sua derrota em 2014, o PSDB e seus aliados decidiram sabotar o governo Dilma –a partir do resultado eleitoral, seguido pelo apoio tucano às “pautas-bomba” junto com ex-deputado Eduardo Cunha, pelo apoio ao golpe e pela participação no ilegítimo governo Temer”, diz.

Com relação a J air Bolsonaro , que derrotou o PT no segundo turno das eleições, o partido se posicionou como oposição e fez questão de ressaltar que se Lula estivesse em liberdade, o resultado do pleito poderia ter sido diferente. Desta forma, o Partido dos Trabalhadores voltou a defender a prisão do ex-presidente como um ato político e não jurídico.

Bolsonaro tornou-se presidente em eleições marcadas pela interdição da candidatura Lula, pela fraude, pela desinformação, vícios e irregularidades, inclusive pagamentos ilegais para difundir fake news criminosas (...). Mesmo após o impeachment, a coalizão golpista não cessou sua caçada judicial contra o PT e o presidente Lula. Com a condenação e a prisão injustas dele, setores que dirigem o Judiciário trabalharam para legitimar a narrativa da extrema direita: o PT apresentado como uma ‘organização criminosa' ”.

Presidente do PT , Gleisi Hoffmann espera tornar a resolução pública nos próximos dias e, além de defender o que ficou decidido no Congresso, contar com o apoio da militância.

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