O governador eleito em São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (30) os integrantes da nova cúpula da Segurança Pública do Estado. A nova estrutura da pasta, cujo comando já havia sido entregue ao general da reserva João Camilo Pires de Campos, terá secretarias executivas específicas para a Polícia Civil e para a Polícia Militar.
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O deputado estadual coronel Camilo (PSD), reconhecido por ter criado a Operação Delegada na capital paulista, será o secretário executivo da Polícia Militar durante o governo João Doria
. Ele terá como comandante-geral da PM o coronel Marcelo Vieira Salles, que será mantido na função que ele já exerce desde abril.
Já a Polícia Civil terá como secretário executivo o delegado Youssef Abou Chahin, e como delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Os dois já atuaram em grupos de investigação contra o PCC e são especialistas no combate ao crime organizado .
Doria enfatizou que a segurança será "uma das maiores prioridades do governo" e prometeu ser "implacável" contra organizações criminosas , em especial o PCC. O tucano garantiu que as ações contra grupos que atuam dentro e fora de presídios serão adotadas sem "nenhum temor".
"Seremos implacáveis em relação às facções criminosas. Seja PCC ou qualquer outra. A orientação à Polícia Militar
e Polícia Civil
será de combate ao nível máximo de todas as operações de facções criminosas no Estado de São Paulo. Em todos os âmbitos, em todas as características. E o aprisionamento de todos que representam facções criminosas em São Paulo. Do 'pequinininho' ao maior traficante", prometeu.
"Nós não temos nenhum temor das ações duras que passaremos a exercer em relação a facções criminosas. É bom que fique claro aos que são líderes e aos que pretendem ser líderes [do PCC]", complementou.
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O futuro secretário da Segurança Pública , general Campos, destacou que seus recém-anunciados secretários executivos atuarão como seus "substitutos naturais". "Eles serão grandes facilitadores do estabelecimento de projetos para contribuir e valorizar o sistema de segurança pública", disse.
João Doria enfatizou durante entrevista coletiva que não faltarão recursos para as ações de segurança pública no Estado, e disse que conversará com o atual ministro da Segurança, Raul Jungmann, e também buscará integração com o governo federal junto ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).