Bolsonaro falou sobre a reforma da Previdência em entrevista na porta do Ministério da Defesa
Fernando Frazão/Agência Brasil - 25.10.18
Bolsonaro falou sobre a reforma da Previdência em entrevista na porta do Ministério da Defesa

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta terça-feira (6) que a reforma da Previdência "não é a que queremos, mas é a que podemos aprovar". Em conversa com jornalistas, Bolsonaro acrescentou ainda que conversará amanhã com o presidente Michel Temer (MDB) sobre o assunto. 

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"Talvez haja oportunidade (de votar). Gostaríamos que saísse alguma coisa. E não é o que queremos ou o que a aquipe econômica quer. É aquilo que podemos aprovar na Câmara e no Senado", afirmou Bolsonaro sobre a reforma da Previdência , que ele deseja que seja aprovada ainda este ano. 

Mais cedo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), disse que a reforma precisa ser encaminhada pelo presidente eleito e que não sabe se é possível votá-la ainda este ano. Ele também lembrou de alguns empecilhos para o tema, como a intervenção militar no Rio de Janeiro, que impede a votação de qualquer emenda à Constituição. 

Na segunda-feira (5), Bolsonaro afirmou, em entrevista à TV Bandeirantes , que ainda "não está batido o martelo" sobre as  mudanças nas regras para a aposentadoria . Ele disse ver com "desconfiança" o projeto de Paulo Guedes, seu futuro ministro da Economia,  de substituir o modelo atual pelo regime de capitalização.

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Bolsonaro também disse hoje, na porta do Ministério da Defesa, que não haverá contingenciamento de recursos para as Forças Armadas e que isso é decisão para o futuro ministro da Fazenda. 

“Paulo Guedes disse que não [haverá cortes nos recursos para as Forças Armadas]. Nada mais justo. É um reconhecimento às Forças Armadas, mas é Paulo Guedes quem manda na economia”, afirmou. 

O economista Paulo Guedes, apontado por Bolsonaro como futuro ministro da Fazenda, defende encaminhar propostas de mudanças na reforma da Previdência , e não seguir com a proposta de Michel Temer, que tramita hoje no Congresso e, em sua avaliação, traria impacto pequeno nas contas públicas. 

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