O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, pediu estudos de sua equipe para reforçar as estratégias de proteção ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL)
, e sua família. A ideia é implementar, na segurança de Bolsonaro, esquema inédito no Brasil, com medidas semelhantes às adotadas nos Estados Unidos para Donald Trump.
Em declaração ao jornal O Estado de São Paulo , Etchegoyen afirmou que o aparato para a segurança de Bolsonaro "será muito diferente e muito mais severo do que qualquer outro titular do Planalto já viu ou teve".
A preocupação especial do GSI com a segurança do capitão da reserva do Exército se deve, obviamente, pelo ataque a faca sofrido por ele em Juiz de Fora , em setembro, e também por constantes ameaças já monitoradas tanto pela própria equipe do agora presidente eleito quanto por órgãos oficiais.
Nomeado antecipadamente como ministro da Defesa no governo Bolsonaro, o general Augusto Heleno disse repetidas vezes ao longo da campanha que o então candidato do PSL era alvo de "ameaça de atentado terrorista", chegando a utilizar essa preocupação como justificativa para a ausência de Bolsonaro em debates.
Na semana passada, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal tiveram reunião para definir estratégia para proteger Bolsonaro ao longo do governo de transição – que vigora até a data de sua posse, em 1º de janeiro.
Segurança de Bolsonaro é reforçada desde ataque em Juiz de Fora
Jair Bolsonaro é acompanhado por uma equipe da PF desde o início da campanha para a Presidência, em agosto, e viu seu aparato de segurança ser ampliado após a facada sofrida no comício de Juiz de Fora.
Os atuais 55 agentes da Polícia Federal que se revezam na escolta de Bolsonaro
serão substituídos, a partir do momento da posse do novo presidente, por servidores do próprio GSI – em boa parte, militares do Exército. Essa troca pode vir a ser antecipada, caso seja identificada necessidade para tanto.
Além do próprio presidente, também têm direito a esquema especial de segurança a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, os cinco filhos do novo chefe do Executivo federal e o vice-presidente, General Mourão.
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Dentre as medidas a serem repensadas para ampliar a segurança de Bolsonaro
estão o fim das entrevistas do novo presidente cercado por jornalistas e o cuidado redobrado no planejamento de viagens. Ainda na semana passada, Bolsonaro e sua equipe reconheceram também que há a possibilidade de o novo presidente quebrar a tradição de desfilar em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios durante a cerimônia de posse. As informações são do jornal O Estado de São Paulo
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