O assessor de imprensa Carlos Eduardo Guimarães, que trabalha para o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), pediu desculpas nesta segunda-feira (29) por ter hostilizado jornalistas. A retratação se dá um dia após o assessor de Bolsonaro ter usado grupos no WhatsApp para ofender repórteres e produtores de televisão e rádio, afirmando que os jornalistas são “o maior engodo do jornalismo do Brasil”.
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“Não estava quase empatado? Vocês são o maior engodo do jornalismo do Brasil! Lixo”, dizia o texto enviado pelo assessor de Bolsonaro
. A mensagem, encaminhada pouco após às 19h desse somingo (28), foi acompanhada de uma imagem que reproduzia os resultados da pesquisa de boca de urna, que antecipava a vitória
do candidato do PSL.
Em nota, Carlos Guimarães reconheceu que agiu “de forma rude e equivocada”. O assessor justificou que estava “insatisfeito” com a cobertura jornalística acerca da agenda de Bolsonaro e, segundo ele, sua mensagem não teve a intenção de "generalizar, atacar ou desmerecer qualquer dos jornalistas".
Guimarães acrescentou ainda que esta não é a orientação do presidente eleito e que enviou a mensagem ofensiva pois estava "visivelmente empolgado com o resultado da apuração eleitoral", o que o levou a usar "palavras absolutamente inadequadas" e a "extrapolar" em sua manifestação.
"Gostaria de apresentar minhas sinceras desculpas junto aos jornalistas brasileiros, que por ventura se sentiram atingidos, no tocante ao meu excesso verbal, ontem, onde visivelmente empolgado com o resultado da apuração eleitoral usei palavras absolutamente inadequadas, extrapolando na minha manifestação. Agi de forma rude e equivocada para mostrar minha insatisfação na cobertura jornalística do cenário político nacional", disse o assessor.
Carlos Eduardo Guimarães trabalha no gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do agora presidente eleito. Mesmo sem ser jornalista, Guimarães atuou como assessor de Bolsonaro para relações com a imprensa ao longo de toda a campanha do candidato à Presidência.
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*Com informações e reportagem da Agência Brasil