A partir do próximo ano, serão 18 deputados a menos na bancada sindical e, consequentemente, no debate dos interesses dos trabalhadores, como direitos previdenciários e trabalhistas
Antonio Augusto/Câmara dos Deputados
A partir do próximo ano, serão 18 deputados a menos na bancada sindical e, consequentemente, no debate dos interesses dos trabalhadores, como direitos previdenciários e trabalhistas

A bancada sindical da próxima legislatura, que começa no dia 1º de fevereiro de 2019, será menor do que a atual. Nas eleições do último domingo (7), foram escolhidos somente 33 representantes de sindicatos para a Câmara dos Deputados, contra os 51 que atualmente exercem mandato.

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O levantamento foi feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), com base nos dados oficial da Justiça Eleitoral. A partir do próximo ano, serão 18 deputados a menos na bancada sindical e, consequentemente, no debate dos interesses dos trabalhadores, como direitos previdenciários e trabalhistas.

A queda segue uma tendência que já vinha se mostrando desde as eleições de 2014, quando a bancada sindical caiu de 83 para 51 membros. Segundo o analista político Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Diap, um conjunto de fatores levou à redução do grupo, que já foi um dos mais atuantes e representativos da Câmara.

Primeiro, as reformas trabalhista e sindical enfraqueceram as entidades, que perderam poder para investir nas campanhas eleitorais. “Além disso, houve um erro de estratégia do movimento sindical , lançando muitas candidaturas, o que pulverizou os esforços”, afirmou.

Queiroz prevê momentos de dificuldades na atuação da bancada. “Com um ambiente hostil, de desregulamentação de direitos trabalhistas, e uma bancada menor, as dificuldades serão enormes”, explicou o diretor do Diap.

Dos 33 deputados que vão compor a bancada em 2019, 29 foram reeleitos e quatro são novos: Airton Faleiro (PT-PA), atualmente deputado estadual; Carlos Veras (PT-PE), presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) pernambucana; Lídice da Mata (PSB-BA), hoje senadora; e Vilson da FETAEMG (PSB-MG), representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais.

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Com 18 representantes, o PT é o partido com maior número de deputados na bancada sindical , seguido por PCdoB (quatro), PSB (três) e PRB (dois). PDT, Podemos (PODE), PR, PSL, PSOL e Solidariedade (SD)  têm um deputado cada.


*Com informações da Agência Brasil

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