O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC), do PSDB, votou pouco depois das 8h no centro da capital paulista. Um dos primeiros a chegar no Colégio Sion, no bairro de Higienópolis, FHC afirmou aos jornalistas que o entrevistaram após o voto que o resultado das eleições 2018 não deve ser contestado.
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"O importante é que a democracia está funcionando. Isso é muito importante. Não discutir: ganhou ganhou, perdeu perdeu. Não tem que haver discussão", disse FHC à imprensa. A declaração do ex-presidente tucano vem à tona exatos quatro anos depois do pleito entre Dilma Rousseff e Aécio Neves que, em 2014, teve o resultado das eleições contestado pelo seu partido.
FHC demorou menos de um minuto para votar e estava cercado por simpatizantes. Apesar da declaração ter seu viés polêmico, o candidato não foi confrontado pelos jornalistas e rapidamente se despediu da imprensa.
Ainda na entrevista após o voto, FHC foi questionado a respeito da polarização ao qual o País vem sendo submetido com as candidatura de extrema direita e de extrema esquerda, com os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) na liderança da corrida eleitoral.
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"Acho que a democracia está enraizada. Você tem a imprensa livre, você tem o Congresso funcionando. As pessoas aprendem que tem que renovar. Votar com liberdade. Tentativa [de ir contra a democracia
]? Gente que não é democrática está para todo lado. Agora o problema disso é conseguir com que isso prevaleça. Eu não acredito", afirmou FHC.
Questionado a respeito do seu posicionamento no segundo turno, o tucano afirmou que não vai se posicionar até que um segundo turno seja confirmado.
Resultado das eleições de 2014 foi contestado
Nas últimas eleições, ao final do segundo turno, o PSDB pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma auditoria para verificar a "lisura" da eleição presidencial. Esse pedido foi apresentado ao tribunal pela coordenação da campanha do candidato derrotado Aécio Neves
(PSDB-MG).
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Além de contestar o resultado das eleições , o pedido sugeria a criação de uma comissão com representantes do tribunal e de partidos para verificar o sistema que apura e faz a contagem dos votos.