Renan Filho (MDB) foi reeleito governador de Alagoas. O resultado confirmado pela Justiça Eleitoral às 20h30 deste domingo (7) após apuração de 88% das urnas indicou que o candidato já não será mais ultrapassado pela soma dos votos de seus adversários e, portanto, está eleito para novo mandato de quatro anos ainda no 1º turno das eleições em Alagoas.
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No total, mais de 1,4 milhão de eleitores participaram da votação para eleger o novo governador de Alagoas nesse domingo, número que equivale a 77% dos mais de 2,1 milhões de eleitores do Estado. Renan Filho (MDB) obteve 77,7% (883.626 votos válidos) até o momento e já atingiu a maioria necessária.
Enquanto isso, seus adversários mais próximos nas eleições em Alagoas obtiveram: Josan Leite (PSL), 10,69%; Pinto de Luna (PROS), 7,37%; e Basile (PSOL), 4,28%. Brancos e nulos somaram 23% do total de votos.
Com 17 partidos na sua coligação, Renan Filho (MDB) teve a sua reeleição facilitada já que seu principal concorrente Fernando Collor (PTC) acabou renunciando a sua candidatura ainda no começo da disputa. Dessa forma, o herdeiro político do senador Renan Calheiros (MDB) obteve em sua reeleição um percentual ainda mais alto de votos do que na sua primeira eleição quando obteve 52,16% dos votos válidos e também foi eleito no 1º turno.
Na ocasião, Collor alegou falta de reciprocidade dos aliados para justificar a sua decisão de abandonar as eleições em Alagoas. Em vídeo divulgado nas suas redes sociais, o ex-presidente declarou que "todos sabem o meu destemor. Cumpro minha palavra, mas peço reciprocidade. Na ausência dela perde sentido a missão a mim atribuída. Sem unidade, perde a candidatura o seu significado de existência", afirmou abrindo espaço para a reeleição facilitada de Renan Filho (MDB).
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Desafios do novo governador de Alagoas
Reeleito, Renan Filho (MDB) terá pela frente novos quatro anos para encarar os desafios de Alagoas. O estado possui 102 municípios e uma população estimada em quase 3 milhões 376 mil habitantes que depende, economicamente, da agricultura, da extração de petróleo e gás natural, da indústria alimentícia, de química e mineração, além do turismo que corresponde a 20% do PIB.
Ainda assim, a situação de pobreza no estado é preocupante. A renda mensal domiciliar per capita de Alagoas é de apenas R$ 658. Além disso, a taxa de desemprego de 7,6% sobe para 35,7% entre os jovens de 15 a 29 anos, um recorde nacional negativo.
Na segurança pública, Alagoas tem a segunda pior taxa de homicídios do País: 54,2%; o estado só perde para o vizinho Sergipe. Dessa forma, a violência impacta diretamente na expectativa de vida dos homens que é e de 64,6 anos, por sua vez, a mais baixa do Brasil.
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Em adição, na educação, o governador de Alagoas reeleito, Renan Filho, terá que encarar a maior taxa de analfabetismo do País, 18%, e, no saneamento básico, o desafio é vender um percentual de apenas 80% da população com acesso a água encanada e de 38,5% com rede de esgoto.