O Ministério Público do Paraná denunciou criminalmente, no fim da tarde desta terça-feira (25), o ex-governador do estado Beto Richa (PSDB) e outras 12 pessoas investigadas na Operação Rádio Patrulha. As acusações são por três crimes: corrupção passiva, corrupção ativa e fraude a licitação.
Leia também: Ex-governador do Paraná e candidato ao Senado, Beto Richa é preso em Curitiba
Beto Richa , que é candidato nestas eleições a uma vaga no Senado pelo seu estado, foi preso durante a operação e libertado dias depois pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os acusados fraudaram licitação para a implantação de “patrulhas mecanizadas” em todo o estado com o intuito de beneficiar três empresas.
Ainda segundo o Ministério Público, os empresários apresentaram ao então governador do PSDB uma proposta para que suas empresas adquirissem o maquinário e o alugassem ao estado, repassando propinas a Richa e seu grupo no valor de uma porcentagem previamente acertada do ganho com os aluguéis.
Leia também: Gilmar Mendes manda soltar Beto Richa, ex-governador do Paraná
De acordo com o que foi apurado pelos investigadores, o total dos pagamentos efetuados pelo estado do Paraná às empresas conluiadas foi de R$ 101.905.930,58. A porcentagem prometida como propina pelos empresários teria sido de 8% sobre o total bruto, o que ultrapassaria a casa dos R$ 8 milhões.
Na semana passada, o Ministério Público do Paraná apresentou ao Supremo Tribunal Federal três medidas judiciais contra a decisão do ministro Gilmar Mendes, que libertou os investigados presos na Operação Rádio Patrulha, deflagrada no dia 11 de setembro pelo Gaeco.
Foi interposto agravo regimental contra a decisão proferida, que favoreceu o ex-governador tucano Beto Richa , encaminhado ao próprio ministro Gilmar Mendes, e exceção de suspeição e mandado de segurança, ambos apresentados ao ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal.
* Com informações da Agência Brasil
Leia também: PGR recorre de decisão de Gilmar Mendes para soltar Beto Richa